Na última semana, as bolsas 
internacionais mantiveram a tendência de baixas movimentações. Mesmo com
 algumas notícias negativas, o viés foi positivo. Os destaques da semana
 foram os EUA e a Itália.
Nos EUA, o congresso ainda não chegou a 
um acordo e os cortes automáticos de gastos governamentais, programados 
para começar a ocorrer na sexta-feira passada, não foram evitados. O 
corte será de US$110 bilhões só em 2013.
Ainda nos EUA, a segunda prévia do PIB do
 4º trimestre de 2012 foi divulgada e animou os investidores. A primeira
 prévia indicou queda de 0,1%, a segunda revisou o dado para crescimento
 de 0,1%.
Na Europa, a Itália foi destaque pelo 
resultado de sua eleição não ter dado maioria parlamentar a nenhum 
partido. Um governo de coalizão é possível, mas não desejado pelos 
políticos e pelos investidores. Se nada for feito, outra eleição terá 
que ser realizada e mais incertezas surgirão.
Panorama Brasil
No cenário interno, o Ibovespa apresentou
 uma alta semanal de 0,33%. Os motivos foram tanto um ajuste diante das 
recentes quedas do índice quanto alguns bons dados externos.
No entanto, na sexta-feira, com o 
problema nos EUA e com o a divulgação do baixo crescimento do Brasil em 
2012 (0,9%), o Ibovespa voltou à tendência de queda e caiu 0,94%.
O destaque nacional continuou com a 
inflação. Mantega, Dilma e Tombini falaram da prioridade do controle da 
inflação no país. O Ministro da Fazenda, inclusive, afirmou que irá 
reduzir algumas tarifas de importação para ajudar na desaceleração da 
inflação.
Quanto aos índices, o IGP-M desacelerou 
para 0,29% devido aos preços dos produtos agrícolas e o IPC-S caiu para 
0,26%, graças a redução da tarifa de energia.
Todo esse cenário fez com que tanto as expectativas de inflação quanto a curva de juros caíssem levemente.
Enquanto isso, com os problemas externos, o dólar apresentou leve valorização para R$1,982 na venda.
Expectativas da Semana
Para a próxima semana, o mercado deve ser
 um pouco cauteloso. Com o atual problema de cortes de gastos nos EUA, 
os investidores devem esperar a divulgação do Beige Book* para ajustarem suas projeções.
Entre outros dados importantes que podem 
afetar o humor dos investidores estão a Sondagem do PMI* chinês e 
europeu e a sondagem do PIB da zona do euro.
Enquanto isso, a situação do mercado 
interno dependerá da Reunião do Copom. A expectativa do mercado é que a 
taxa SELIC se mantenha em 7,25%,  mas o comunicado da reunião será 
importante para indicar o futuro da política monetária.
No mercado de câmbio, o dólar deve manter
 uma tendência de leve alta já que as incertezas externas com os cortes 
de gastos nos EUA e as eleições italianas se mantêm.
Por fim, a inflação deve continuar no 
centro das atenções com a divulgação do IPCA. O dado não deve 
surpreender ninguém, mas deve continuar em um patamar perigosamente 
elevado.
*Dicionário Economês-Português
Beige Book – O “Livro Bege” é um relatório publicado oito vezes ao ano pelo FED* que indica o estado da economia do país. A informação apresentada é baseada em dados, pesquisas e entrevistas.
PMI – O Purchasing Managers Index,
 ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que 
procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor
 privado.
Fonte:folhauol.com.br 
 
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