Você é um gerente financeiro de uma companhia? É o vice-presidente de 
operações? Ou quem sabe o diretor de desenvolvimento? Não importa. No 
fundo, você é um gestor de pessoas. Independentemente da indústria, da 
empresa, ou mesmo do título do cargo, todos os gerentes são gestores de 
pessoas, toda gestão é uma gestão de gente.
"No primeiro instante em que um profissional se torna gerente, deixa 
para trás o papel de 'contribuinte individual', no qual ainda era 
avaliado pelo seu próprio desempenho. Competente, assume a nova função 
e, de uma hora para outra, passa a ser responsável por muito mais do que
 imaginou alguma vez produzir por conta própria. Nesse momento, sua 
responsabilidade passa a ser sobre toda a produção de sua equipe", 
comenta Pablo Aversa, sócio da Alliance Coaching.
Para o especialista em carreiras, o profissional que é responsável 
pelos resultados de um grupo de pessoas precisa saber algumas coisas 
importantes sobre gente:
Pessoas são indivíduos
Independentemente das generalizações que virão a seguir, é importante
 lembrar-se de que não existem duas pessoas iguais. Elas têm sonhos 
individuais e preocupações individuais. Suas mentes funcionam de forma 
diferente. Ouvem e enxergam de forma diferente. E, principalmente, são 
motivadas por coisas diferentes.
Pessoas são imprevisíveis
Ficam com raiva. Ficam preocupadas. Algumas vezes choram, ou gritam, 
ou se isolam (e ainda fazem beicinho). Não importa o quanto já tenha 
trabalhado com gente, você nunca vai estar completamente seguro de como 
vão reagir.
Pessoas são egoístas
Pessoas cuidam de si mesmas. Sabem que ninguém, nem mesmo o esposo ou
 a esposa, está tão preocupado com seu bem-estar quanto elas mesmas. 
Podem até não saber qual é a melhor forma de conquistá-lo, mas sabem 
muito bem o que consideram ser o melhor para elas e correm com afinco 
atrás disso. Algumas são melhores que outras nesse aspecto, mas pode ter
 certeza: todas desejam esse bem-estar.
Pessoas são generosas
Se as pessoas são egoístas, como então também podem ser generosas? 
Veja, são generosas porque, mesmo quando cuidam de si, trabalham de 
forma colaborativa para ajudar os demais a chegar lá. Elas vão correr 
atrás primeiro daquilo que consideram sua fatia justa, mas, tão logo 
conquistem seu quinhão, vão cuidar dos demais.
Pessoas são volúveis
O que funcionou na semana passada, ou mesmo ontem, pode não funcionar
 hoje. A recompensa ou o desafio que motivou alguém anteriormente pode 
não mais funcionar, simplesmente porque algo mudou no universo dela.
Pessoas são medrosas
Algumas pessoas são mais medrosas que outras. Outras escondem isso 
melhor. Mas todo mundo tem medo de algo. Seja o medo de perder o 
emprego, de parecer tolo na frente dos demais ou de não alcançar a meta 
pela primeira vez em dez anos, não importa: todos nós temos medos. E até
 que você lide com os medos delas, as pessoas vão continuar a se focar 
naquilo que as preocupam, em vez daquilo que você quer que elas façam.
As pessoas são um barato
A somatória das individualidades acima é o que acaba fazendo com que 
as pessoas sejam interessantes.  E mais: isso é o que faz com que elas 
sejam um barato. Como gestor de gente, você nunca terá um dia chato. 
Alguns dias serão melhores que outros. Alguns dias vão fazer você querer
 gritar e espernear. Mas, com certeza, nenhum dos seus dias vai ser 
chato. Agora, se você não curte gente, não se envolva com gestão, pois 
isso vai acabar sugando todo o prazer que, de alguma outra maneira, o 
seu dia poderia lhe proporcionar.
Gente quer ser liderada
Como gestor de gente, você deve ir além e ser líder de gente. Se você
 não liderar as pessoas, alguém vai. Pode ser outro funcionário do 
departamento (afinal, liderança é uma habilidade, não um atributo que 
vem com o cargo) ou pode ser um gerente de outra área. O ponto é que, 
com certeza, elas vão seguir alguém e alguém será o líder delas.
"Sempre procuro lembrar meus clientes que as pessoas não podem ser 
empurradas muito longe ou por muito tempo, mas certamente podem ser 
conduzidas por um longo caminho", afirma Aversa. Para ele, é trabalho do
 líder ficar à frente, compartilhando uma clara visão e conduzindo sua 
equipe ao longo da jornada.
Em suma, para ser um gerente, o profissional deve ser um gestor de 
pessoas. Cada uma delas é única, da mesma forma que o executivo que 
ocupa a gerência também é. Portanto, é necessário encontrar o que motiva
 cada um dos funcionários e o que os desencoraja; usar a singularidade 
deles para harmonizar as habilidades disponíveis e montar um time fora 
de série. Mais do que isso, é importante se posicionar à frente e 
liderar, ou seja, ser um gestor de gente. 
Fonte: administradores.
 
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