Ao longo de 10 anos acontece algum imprevisto na vida de 78% das pessoas. Esta é a conclusão da revista americana Money.
Imprevistos demandam dinheiro para serem solucionados. Eles podem ser
variados; alguns bem graves, já outros menos. A morte de um familiar, a
perda do emprego, a batida do carro, roubo, assalto, são exemplos
deles.
Você está financeiramente preparado para um imprevisto?
Infelizmente a maioria das famílias brasileiras não está. O hábito de
poupar e investir de maneira a formar uma reserva de emergência não é
costume do brasileiro. Aqui se gasta tudo e ainda se adia o pagamento de
parte do que foi consumido hoje para o mês que vem. São os gastos no
crédito ou no cheque pré-datado.
A forma como as pessoas lidam com os gastos é cultural e a nossa tem
como padrão gastar durante o mês todo o salário recebido. É habito a
compra parcelada em longas e suaves prestações. O único critério para se
assumir mais uma prestação é se ela cabe ou não no bolso, cabendo se
financia. Juros? O que é isto? A maioria das pessoas nem sabe quanto
estão pagando de juros. Sabem que estão pagando, mas não sabe quanto.
Uma frase comum é: Se não for financiado eu nunca conseguirei ter nada.
Errado. Pois um produto financiado dobra de preço. O que o brasileiro
precisa é desenvolver o hábito de planejar as compras; poupar, investir
e somente comprar quando o dinheiro acumulado for suficiente para pagar
o produto à vista. Quem compra à vista está no controle e tem maior
poder de barganha. Além de não pagar juro pode exigir desconto por estar
pagando no ato da compra.

No mundo corporativo empresas buscam ter fluxo de caixa.
Fluxo de caixa nada mais é que dinheiro disponível para comprar matéria
prima, aproveitar oportunidades momentâneas e poder vender a prazo
cobrando juros e assim ganhar duas vezes: na venda do produto e nos
juros recebidos.
Já nós pessoas físicas precisamos ter fluxo de caixa pois a vida é
imprevisível, nunca sabemos quando precisaremos dispor de uma quantia de
forma imediata por termos sido surpreendidos por algum imprevisto.
Quanto isto acontece à maioria recorre a empréstimos pessoais ou entram
no rotativo do cartão de crédito ou do cheque especial. Os bancos e as
operadoras de cartão adoram, veja como ano após ano é anunciado pelos
bancos um lucro líquido recorde. Isto significa que cada vez mais eles
estão lucrando; e se eles lucram alguém perde; afinal bancos lucram
através do spread, captam dinheiro pagando uma baixa rentabilidade ao investidor e emprestam este mesmo dinheiro cobrando juros exorbitantes.
A melhor escolha é não ser refém dos imprevistos, pois sendo refém
deles você terá que recorrer a empréstimos bancários e ficará escravo
dos juros. Planeje seus gastos, seja racional ao realizar compras e
tenha uma reserva financeira para suprir necessidades inesperadas que
como a pesquisa da revista Money mostrou, irá acontecer com 78% das
pessoas.
Fonte: Revista Money
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