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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Organize suas finanças para enfrentar o período sem trabalho

Ficar sem uma fonte de renda é complicado, ainda mais quando isso não estava nos planos, como no caso de uma demissão. Para passar por esse período de seca financeira, é preciso fazer um planejamento de forma que o dinheiro recebido na rescisão contratual consiga durar até você encontrar um novo emprego. Cortar passeios e gastos supérfluos é uma boa forma de manter suas finanças equilibradas e fugir do endividamento, afirmam especialistas.

Graziele Cabral de Almeida, de 30 anos, sabe bem o que é isso. Ao ser demitida, em abril deste ano, precisou fazer as contas para se adaptar à nova situação. Mãe de Melissa, de um ano e oito meses, Graziele conta que o marido, Márcio, que trabalha em uma empresa de peças para motocicletas, precisou arranjar um “bico” como segurança à noite para poder manter a casa.

“Ainda estou me estabelecendo. Recebo agora em setembro a última parcela do seguro-desemprego, e estamos tendo que nos adaptar à nova situação”, afirma. Para ser bem-sucedida nessa tarefa, segundo Liao Yu Chieh, professor de Finanças do Insper, Graziele tem que fazer um raio-x de suas finanças. “A primeira coisa a fazer é mapear as despesas recorrentes, ou seja, quais os gastos que a pessoa faz por mês”, explica.

O levantamento deve incluir conta de luz, despesas com combustível, impostos como IPVA e IPTU, aluguel, TV a cabo, entre outros. “Depois, deve-se calcular os gastos eventuais que a pessoa tem, seja com roupas, restaurantes, lazer ou mesmo multa de trânsito. Com isso, vai conseguir saber com mais clareza onde cortar”, completa o especialista.

Essa análise é importante porque a primeira coisa que acontece quando alguém fica desempregado é a queda do padrão de vida. “Quando se está desempregado, deixou de haver uma fonte de receita, então é preciso reavaliar o padrão, redefini-lo de forma temporária”, ressalta Liao Yu Chieh.

Planeje-se
A seguir, faça contas. “É preciso pegar o dinheiro que recebeu e verificar quanto que isso representa para pagar as despesas, para saber quantos meses vai conseguir subsistir com o valor antes de gastá-lo”, explica Dora Ramos, da Fharos Consultoria.

“É preciso reduzir a velocidade com que o dinheiro está indo para o ralo. Importa menos quanto você ganha e mais quanto você consegue poupar”, afirma, por sua vez, Isaac Pinski, diretor da Pinski Consultoria. Segundo ele, quem está desempregado tem adaptar sua rotina à nova situação. “Não é questão de deixar de se divertir, por exemplo, mas sim de descobrir passeios gratuitos. Vá a parques, não é só de baladas que se faz o lazer”, completa.

No caso de Graziele, ela conta que usou o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para fazer reformas em sua casa e para adiantar duas parcelas do financiamento do carro. “Também cortei passeios de fim de semana, e roupas agora só para a Melissa”, conta. Ela manteve o plano de saúde para a filha, enquanto o marido já conta com o dele, enquanto Graziele precisa recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) caso tenha alguma emergência.

E se você quer pedir demissão, planeje-se antes para enfrentar o período durante o qual ficará sem fonte de renda. “É preciso deixar de três a quatro salários guardados em algum fundo ou poupança. Isso dá uma folga confortável para o trabalhador conseguir se recolocar em outra empresa ou abrir um negócio”, destaca Thiago Pessoa, coordenador do site Investmania.


Procure quitar os cartões de crédito e outros financiamentos que podem acarretar dívidas. “Não tenha dívidas no momento da demissão. Quite tudo, o financiamento do veículo ou da casa, antecipe parcelas ou guarde um dinheiro para pagar as parcelas”, afirma Pessoa. Se não houver esse tipo de planejamento, a pessoa pode ficar tentada a aceitar um trabalho que pague menos só para quitar as dívidas, alerta o especialista.

Vale a pena aplicar o dinheiro?
Os especialistas advertem: muita gente recebe o dinheiro da rescisão e sai gastando. Não é o caso. “Você não pode pegar o valor que ganhou e achar que está rico”, brinca Pessoa. Por outro lado, você pode, sim, pegar parte da grana e investi-la. Mas seja conservador. “Não tem lugar melhor que a poupança para aplicar o valor. Se você optar pelo Tesouro Direto, terá até um rendimento bacana, mas há a incidência do imposto de renda, de até 27,5%, se você quiser resgatar em até seis meses”, explica Pessoa.


Considere também que a aplicação tem que ter liquidez, ou seja, ser fácil de resgatar quando você tiver necessidade de usar o dinheiro. “É diferente você pegar o dinheiro e aplicar em ações. Se você precisar, pode se dar bem ou mal, dependendo do comportamento do papel”, lembra o professor Liao Yu Chieh.

Fonte: IG

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