Panorama Mundo
Ainda é nebuloso o futuro da zona do 
euro. Na terça e quarta-feira passadas, os líderes do grupo não 
conseguirão chegar a um acordo sobre o pacote de medidas para reduzir o 
tamanho da dívida da Grécia.
Por mais que a chanceler alemã, Angela 
Merkel, tenha afirmado que existe a possibilidade de um resultado 
positivo ser atingido na reunião da próxima segunda-feira, há muita 
incerteza em relação ao futuro europeu de um modo geral.
Esse fatos não alteraram os mercados , uma vez que já estavam precificados
As bolsas mundiais operaram em alta 
durante a semana por conta de bons resultados nos PMIs (Purchasing 
Managers’ Index, pesquisa realizada com os principais administradores de
 negócios sobre as compras de suas empresas) nos Estados Unidos e China.
A interpretação do índice pode ser feita
 sempre em relação ao valor de 50. Resultados acima de 50  podem ser 
entendidos como aumento  de confiança . De forma análoga , valor 
inferiores a 50 pode ser entendidos com aumento da desconfiança.
O PMI chinês foi de 50,4 na leitura preliminar de novembro indicando uma melhora na confiança.
Nos Estados Unidos, o PMI foi de 52,4, também em leitura preliminar de novembro, valor atinge o maior nos últimos em oito meses.
Na Europa, o PMI foi de 45,8, 
caracterizando aumento da desconfiança e amargando o décimo mês 
consecutivo em um patamar menor que 50.
No mais, o Centro de Análise Econômica 
(CPB) holandês divulgou, em seu relatório mensal, dados acerca do 
comércio mundial apontando um aumento em 0,8% puxado, principalmente, 
pela Ásia e pelos EUA.
Panorama Brasil
No Brasil, houve queda na demanda por 
crédito das empresas. Apesar de parte do movimento ser sazonal, isso 
pode indicar que as empresas tem baixas perspectivas para o crescimento 
econômico no futuro.
Foram divulgados também o IPC-S, que 
indicou inflação de 0,35%, e o IPCA-15, que indicou desaceleração de 
0,65% para 0,54% – puxada pelo grupo de alimentos.
Quanto ao mercado acionário, houve 
reflexo do otimismo externo. As bolsas fecharam em alta com destaque 
para as empresas cujo foco é o consumo interno brasileiro. Somente na 
quarta-feira, o Ibovespa teve rendimento negativo devido à punição às 
empresas do setor de energia elétrica e à Petrobrás.
A queda sofrida pela Petrobrás foi 
oriunda do aumento de custos ocasionados pela alta do dólar que atingiu o
 patamar de R$2,118 na sexta feira. A alta foi combatida com uma 
intervenção do Banco Central, o que levou o fechamento da semana para 
R$2,0819 na venda.
Um dólar mais valorizado pode aumentar 
os preços dos produtos importados e elevar a inflação. Assim, as taxas 
de juros subiram e caíram de acordo com as oscilações do mercado de 
câmbio.
Expectativas da Semana
A CJE-FGV
 continua acreditando que, no curto prazo, não haverá tendência concreta
 para os mercados acionários. Dados positivos ou negativos que forem 
divulgados podem afetar o rendimento desses mercados em todo o mundo.
Na próxima semana, saem diversos dados norte-americanos que podem confirmar ou não o atual otimismo.
As ordens de bens duráveis devem 
apresentar variação negativa abaixo de esperado, mas dados do consumo e 
do emprego podem surpreender positivamente.
No Brasil, sai o PIB do 3º trimestre e as sondagens da indústria e do consumidor feitas pela FGV.
Na quarta feira, haverá uma reunião do 
Copom em que a decisão provavelmente não surpreenderá, ou seja, contamos
 com  manutenção da meta da taxa Selic em 7,25% a.a.
Enquanto isso, os investidores devem 
continuar testando o limite de R$2,10 para o dólar, forçando 
valorizações para concluírem se há teto ou não definido pelo Banco 
Central.
Post em Parceria com a Consultoria Júnior em Economia (CJE) da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. 
Fonte: Folha uol
 

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