Panorama Mundo
Novamente, o foco da semana foi os Estados Unidos. A negociação para evitar o fiscal cliff* continuou e foram obtidos avanços como a diminuição, no plano proposto por Obama, da arrecadação de impostos.
Ainda nos EUA, o FED* anunciou novas medidas de estímulo. Após encerrar a Operação Twist*, o
órgão divulgou que irá estender o seu plano de compra de títulos
públicos como forma de continuar reduzindo os juros de longo prazo e
estimular a economia.
Na Europa, foi divulgado que a produção
industrial caiu 1,4% em outubro na comparação com setembro. O presidente
do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, disse que os credores oficiais da
Grécia concordaram com a liberação de 49,1 bilhões de euros ao país –
parte do plano de recompra de dívida grega.
A resposta dos mercados a essas notícias
foi variada. As bolsas norte-americanas andaram de lado enquanto que as
bolsas europeias tiveram viés de alta, assim como a chinesa.
Panorama Brasil
No Brasil, o Ibovespa subiu 1,91% na
semana. Os motivos forma as altas da Vale e Petrobrás e o maior otimismo
com o novo estímulo monetário do FED.
Na sexta-feira, foi divulgado o IBC-Br*
que mostrou avanço de 0,36% em outubro frente a setembro. A alta foi
maior que o esperado e pode indicar o início de uma recuperação
econômica.
O dólar fechou a semana em R$2,085 para a
venda. A moeda teve tendência de baixa durante a semana por conta de
discursos de diretores do Banco Central que afirmavam que a moeda
americana estava muito valorizada.
Essas afirmações também fizeram com que o
mercado voltasse a crer no maior combate a inflação. Assim, as
expectativas para os juros futuros aumentaram e a curva de juros se
elevou.
Em relação à inflação, o IPC-S indicou variação de 0,63% para a primeira quadrissemana de dezembro.
Expectativas da Semana
Na próxima semana, dados, como a prévia
do PIB norte-americano do terceiro trimestre, devem guiar as bolsas, que
ainda continuarão preocupadas com o fiscal cliff.
No Brasil, maiores movimentações só
devem ocorrer após relatório trimestral de inflação que será divulgado
na próxima quinta pelo BACEN. As conclusões do relatório irão
influenciar diretamente as expectativas de inflação e a curva de juros.
Enquanto isso, o dólar deve continuar
perto de R$2,08, valor que é considerado o ponto de equilíbrio no
mercado atualmente. As intervenções e declarações do BC deixaram claro
que há tanto um chão como um teto para o dólar.
*Dicionário Economês-Português
A partir de hoje, todo texto da
coluna “Mundo Econômico” contará com este breve dicionário para
facilitar a vida dos leitores não habituados com os termos mais
técnicos.
Fiscal cliff (abismo fiscal) –
Aumento de impostos e corte de gastos governamentais automáticos
previstos para ocorrerem no início de 2013 nos EUA. Se realmente
ocorrer, o país pode entrar em outra recessão.
FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.
Operação Twist – Plano de
compra e venda de ativos do FED que tem como objetivo alterar a
maturidade média dos títulos públicos possuídos pelo FED. A ideia é que
essa mudança leve a reduzir os juros de longo prazo.
IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do
Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como
objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.
Fonte: Folhauol
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