Panorama Mundo
Por mais parecer repetitivo ou monótono que possa parecer, os mercados mundiais continuam a refletir os riscos em relação ao abismo discal - fiscal cliff.
Nem
a indicação de recuperação chinesa (o PMI do país veio em 50,5, melhor
valor em 13 meses) foi capaz de melhorar os ânimos dos mercados.
As bolsas mundiais andaram de lado durante toda a semana.
Na Europa, a alta de 0,7% no setor
industrial, acima do esperado, não animou os investidores que estavam
abalados com a falta de um acordo sobre o supervisor bancário da União
Monetária e com o anúncio espanhol de que o 4º trimestre será o pior do
ano para a economia do país.
Nos EUA, além do impasse em relação ao fiscal cliff,
houve a queda de 2,2% na produção industrial e queda no desemprego,
para a surpresa do mercado. A criação de vagas de trabalho foi de 146
mil em novembro, bem acima do esperado: 80 mil. Além disso, o desemprego
caiu de 7,9% para 7,7% no mesmo mês.

Panorama Brasil
No Brasil, o Ibovespa se descolou do
mercado externo na segunda-feira (conforme gráfico), mas voltou a
acompanhar as movimentações internacionais mesmo que com um pouco mais
de volatilidade.
Na sexta-feira, com os dados de desemprego norte-americanos, o índice mostrou tendência de alta e ensaiou um rally.
Enquanto isso, o dólar mostrou tendência
de desvalorização durante a semana e fechou a sexta-feira cotado a para
venda. Essa mudança de tendência ocorreu devido a intervenções do BC, e
a mudanças legislativas no financiamento para exportação.
Com a divulgação da ata do Copom, a
curva de juros caiu e começou a precificar quedas na taxa Selic já no
começo do ano que vem. Além disso, é importante destacar que também
houve um corte da TJLP para o nível de 5%.
Quanto à inflação, o IPC-S veio em 0,45%
para a quarta quadrissemana de novembro. O IGP-DI acelerou de deflação
de 0,31% em outubro para inflação de 0,25% e o IPC-Fipe encerrou o mês
em 0,68%.
Ademais, a variação do IPCA em novembro
foi de 0,60%, acima da expectativa de 0,50%. Apesar disso e da queda na
curva de juros., as expectativas de inflação pouco se movimentaram.
Expectativas da Semana
Na próxima semana, a bolsa deve continuar refletindo, mais uma vez, as incertezas em relação ao fiscal cliff.
Há possibilidade de alta devido ao comum
rally de fim de ano, mas as dúvidas em relação aos EUA devem adiá-lo
para o início do ano.
Enquanto isso, o dólar deve andar de
lado já que os investidores parecem ter percebido qual é realmente a
banda cambial aceita pelo Banco Central está entre R$ 2 e R$2,10
Espera-se um pouco de volatilidade no
mercado de juros e de inflação, devido a reorganização das expectativas
dos agentes econômicos em relação as novas declarações do BC de que há
um hiato do PIB desinflacionário.
Fonte: Folha UOL
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