Os planos de previdência complementar 
são instrumentos financeiros destinados a acumulação de recursos no 
longo prazo. Servem como uma espécie de poupança forçada que visa 
garantir um futuro mais tranquilo, independente da Previdência Social, 
administrada pelo governo.
No Brasil existem duas modalidades de 
previdência complementar. A previdência aberta, destinada a qualquer 
investidor e a previdência fechada, destinada a grupos, como 
funcionários de empresas, por exemplo. Atualmente, o maior fundo de 
previdência fechada é o PREVI – Caixa de Previdência dos Funcionários do
 Banco do Brasil. 
Os planos de previdência aberta, objeto 
deste artigo, vêm crescendo muito em nosso país, segundo dados dos 
órgãos de regulação. Um dos motivos deste crescimento é o déficit da 
Previdência Social, ou seja, para manter o mesmo padrão de vida é 
fundamental ter outra fonte de recursos que não a Previdência Social.
Os dois principais planos de previdência aberta existentes em nosso país são o PGBL e o VGBL.
PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) – Ideal
 para o investidor que faz declaração completa de IRPF, pois permite 
deduzir o valor das contribuições da base de cálculo do IRPF, com limite
 de 12% da renda bruta anual. O IRPF incide sobre o valor total 
resgatado.
VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) – Ideal para o investidor que faz declaração simplificada de IRPF. O IRPF incide apenas sobre os rendimentos.
Veja
 a seguir um exemplo de como funciona a dedução fiscal no PGBL. 
Considere uma pessoa com renda anual de 200 mil reais, por exemplo, que 
poderá aplicar 24 mil reais em um PGBL e excluir esse valor do total 
sobre o qual vai incidir a alíquota de imposto de renda na declaração de
 IRPF.
Em relação à acessibilidade do pequeno 
investidor, existem planos que admitem aportes em torno de R$ 50 por 
mês, desmistificando a ideia de que é preciso muita disponibilidade 
financeira para adquirir um plano de previdência privada. De modo geral,
 esse instrumento é bastante democrático.
Uma das principais vantagens dos planos 
de previdência é a possibilidade de planejamento da sucessão familiar. 
Os planos permitem o direito de escolha dos beneficiários, permitindo ao
 titular do plano indicar quem receberá o saldo acumulado no caso de sua
 morte, sejam herdeiros diretos ou não.
O principal custo é a taxa de 
administração, que serve para remunerar o administrador dos planos de 
previdência. Além da taxa de administração, muitos planos de previdência
 privada sofrem a incidência da taxa de carregamento, percentual que 
incide sobre todos os aportes efetuados.
Seguem comparativos de rentabilidade de planos de previdência a título de ilustração:
Perceba-se, pela tabela acima, que os custos mais altos de administração e carregamento implicam em rendimentos bem menores.
Basicamente, o investidor, antes de 
optar, por uma previdência privada deve se indagar se os custos 
(carregamento e administração) são menores que os benefícios fiscais que
 não teria caso fizesse aplicações de longo prazo por conta própria.
A tributação pode seguir dois regimes, 
que o investidor opta no momento da adesão ao plano: o regime 
progressivo e o regime regressivo.
No regime de tributação progressivo, a 
tributação segue a tabela progressiva mensal do imposto de renda pessoa 
física, com as faixas atualizadas anualmente, conforme segue:
Já no regime de tributação regressivo, 
existe vantagem tributária caso o investidor permaneça no plano durante 
um horizonte de tempo maior, uma vez que as alíquotas vão diminuindo de 
acordo com o tempo de aplicação, como mostra a tabela abaixo:
Bons Investimentos!
Fonte: folhauol 
 





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