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sábado, 15 de dezembro de 2012

Veja quando vale a pena aplicar em CDB

O juro baixo da economia, mantido no patamar de 7,25% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na semana passada, reacende o alerta nas aplicações de renda fixa. 

No caso dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs), especialistas calculam que a aplicação não vale a pena caso remunere o investidor em menos de 90% do CDI. Para conseguir tal retorno, há duas alternativas: alongar o tempo de investimento ou aplicar uma quantia maior e tentar negociar com o gerente.

"Dentro da renda fixa, o investidor tem de procurar aplicações que estejam o mais próximo possível de 7,25% ao ano. A taxa de 90% do CDI é um divisor de águas no caso dos CDBs quando comparados à poupança", afirma a superintendente de investimentos do Santander, Sinara Polycarpo. A poupança é livre de Imposto de Renda, lembra a especialista. No caso dos CDBs, do rendimento obtido no banco ainda deve ser descontado o imposto, que varia de 15% a 22,5%, dependendo do tempo de aplicação. 
 
 

"A poupança está rendendo 70% da Selic. Com um rendimento no CDB de pelo menos 90% do CDI, geralmente muito próximo à Selic, você desconta um IR de em média 20% e irá empatar com a caderneta", calcula Sinara. O economista José Dutra Vieira Sobrinho concorda e faz um alerta: "Nunca a situação dos investidores foi tão apertada. Se descontar a inflação, ele pode não ganhar nada em termos de poder aquisitivo". 

Em 12 meses, caso o juro permanecesse no mesmo patamar, a poupança renderia 5,07% e o CDB que paga 90% do CDI, 5,38%, já descontado o imposto, calcula Vieira Sobrinho. Levando em consideração uma inflação próxima a 5%, o ganho seria ínfimo. "Acho interessante a pessoa tentar taxas maiores no CDB em vez de ficar na poupança, por conta da inflação. A poupança acaba sendo uma aplicação para o pequeno investidor, com R$ 100, R$ 500, mas já com R$ 2 mil, R$ 5 mil é possível conseguir uma taxa de 94%, dependendo do prazo", diz o professor da Fipecafi, Celso Grisi.

Para conseguir tal taxa, um dos caminhos é alongar o investimento, já que muitos bancos trabalham com CDBs escalonados. O retorno aumenta conforme o tempo de permanência. No Santander, o CDB Recompensa para quantias de R$ 1 mil começa em 80% do CDI e chega a 100% após três anos. A segunda opção é tentar negociar no banco. "Além de a remuneração aumentar com o tempo, privilegiamos clientes que concentram os recursos na instituição", diz Sinara.



"O que eu não aconselho é ir para bancos menores, em que as taxas costumam ser maiores. O risco é uma barreira muito forte e acaba penalizando o pequeno investidor", aconselha Grisi. Em caso de falência do banco, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) ressarce até R$ 70 mil do investimento. Apesar disso, para Grisi, a taxa maior não vale o risco.

Poupança. A comparação da aplicação com a caderneta de poupança é válida por esta ser considerada o investimento mais seguro no mercado. "É o investimento mais conhecido, líquido e com maior segurança. Em última instância, eu aplico o dinheiro na poupança, caso a taxa oferecida nos demais investimentos sejam baixas. Só vou sair de lá se a outra modalidade oferecer um retorno significativamente maior", diz Vieira Sobrinho, da Fipecafi. 

Com o rendimento no mercado em geral tão baixo, não à toa a poupança tem batido recorde de captação todos os meses. Em outubro, foram R$ 3,2 bilhões, acumulando captação líquida de R$ 36,4 bilhões no ano, as maiores para esses períodos em toda a séria histórica. "Tenho a impressão de que, com a queda do juro, o investidor tomou para si o pensamento de que não há nada de interessante no mercado e só aplica na poupança. É importante comparar e a dica dos 90% do CDI é um bom parâmetro", diz Sinara.

No caso dos fundos, a manutenção da Selic fez com que as carteiras com taxa de administração abaixo de 1% ficassem mais competitivas.

Fonte: Estadão

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