Um estudo divulgado pelo Instituo 
Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra o retorno da carga 
tributária de diversos países em forma de qualidade de vida.
Segundo a metodologia do estudo, dentre 
trinta países, o Brasil amarga a última posição no Índice de Retorno De 
Bem Estar à Sociedade, que é uma média ponderada da carga tributária de 
cada país com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização 
das Nações Unidas (ONU).
Países como Austrália, Estados Unidos e 
Japão possuem os melhores retornos dos seus impostos, enquanto países 
como Argentina e Uruguai estão numa posição intermediária.
Embora o estudo do IBPT analise de forma
 satisfatória o problema da inefiência da máquina estatal brasileira, 
existe uma forma mais fácil e intuitiva de comparar a carga tributária e
 o IDH de cada país.
O gráfico a seguir relaciona a carga 
tributária, como porcentagem do PIB (dados extraídos do 2012 Index 
Economic Freedom da Heritage Foundation), e os 87 países que tem IDH 
“alto” ou “muito alto”, segundo classificação da ONU .
Diante do gráfico, pode-se observar uma 
correlação positiva entre carga tributária e IDH. Isto é esperado, já 
que melhorias em educação, saúde, segurança, etc., custam caro e, 
portanto, os impostos devem ser maiores para que o governo consiga arcar
 com melhorias.
Diante do gráfico que criamos, é 
possível analisar que o Brasil mantém uma relação entre impostos e IDH 
abaixo da média, representada pela reta. Ou seja, quando comparado com 
países com carga tributária próxima a nossa, o Brasil deveria entregar 
um melhor retorno a sua população (IDH).
Se tivéssemos um eficiência média do 
dinheiro arrecadado, o Brasil, com seus de 34.3% de carga tributária, 
deveria ter um IDH de aproximadamente 0.827 (maior do que o de países 
como Portugal, Polônia e Hungria). No entanto, a realidade mostra a 
ineficiência do dinheiro arrecadado e Brasil apreseta um IDH de 0.718, 
pior do que o do Equador.
A comparação com países que sabem 
utilizar os seus impostos de forma eficiente é ainda mais impressionante
 e incômoda. A Alemanha, que tem um carga tributária três pontos 
percentuais maior do que a do Brasil (de 37% e 34% do PIB, 
respectivamente) consegue fornecer aos seus cidadãos um IDH de 0.905, 
que é 26% maior do que o IDH brasileiro.
Alguém poderia argumentar que países 
como a Alemanha têm um PIB per capita muito maior e que, desta forma, 
seria possível fornecer mais serviços aos seus cidadãos com uma mesma 
carga tributária, o que é verdade. Por isso, é necessário compararmos 
também o Brasil com países que tem PIB per capita similares ao 
brasileiro.
Neste sentido, o que o gráfico anterior 
ainda mostra é que países com PIB per capita próximo ao brasileiro, como
 Cazaquistão e a Romênia conseguem melhores resultados: carga tributária
 menor e IDH maior.
O mais surpreendente é que até países 
com PIB per capita um pouco menor do que o brasileiro, como Peru e 
Sérvia, conseguem obter, novamente, IDH maior do que o brasileiro, com 
menos impostos. Ou seja, estes paíse conseguem fazer mais com muito 
menos impostos, sobre uma população mais pobre. A tabela a seguir reúne 
os dados citados.
Portanto, o governo brasileiro cobra 
muitos impostos, mas como não sabe utilizar de forma eficiente os seus 
recursos ele acaba fornecendo serviços de baixa qualidade aos seus 
cidadãos.
Não é atoa que teremos um pífio 
crescimento do PIB em 2012. Para crescer mais em 2013 (e mais do que o 
recém-divulgado crescimento de 0,6% do PIB no 3º trimestre), é 
necessário arrumar as ineficências do aparelho estatal para reduzir a 
carga tributária e ainda assim fornecer serviços de maior qualidade para
 os brasileiros.
Fonte: folhauol 
 


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