"MENSAGEM AO LEITOR"

Site voltado a todos os públicos, com informações atualizadas da economia, para serem transformadas em conhecimentos.

Criado para auxiliar pessoas com dificuldades em organizar suas finanças, sair das dívidas, começar a investir e conseguir planejar melhor sua vida financeira.

Por favor, sinta-se à vontade para fazer seus comentários e tirar suas dúvidas.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Curso 1 – Como planejar e organizar o orçamento individual e familiar



Com a entrada do ano novo, é hora de se preparar para enfrentar as mudanças econômicas que ocorrem ao longo do ano e, que podem prejudicar o equilíbrio financeiro de todas as pessoas ou famílias que não controlem suas rendas e seus gastos  e ainda pior para aquelas pessoas que já estão endividadas.


Para que você tenha uma vida financeira mais tranquila e sem dívidas, preparei um curso completo com dias sobre finanças pessoais, para lhe ajudar a planejar e organizar o seu orçamento.     


Curso 1 – Como planejar e organizar o orçamento individual e familiar 

Objetivo do curso: Esse curso tem como objetivo proporcionar o conhecimento necessário para que as pessoas sejam capazes de planejar sua vida financeira e organizar seu orçamento individual e familiar.

AO CONCLUIR O CURSO, VOCÊ ESTARÁ APTO A:

·         Planejar sua vida financeira;
·         Organizar o orçamento individual e familiar;
·         Aprender a organizar a sua vida financeira em casos de endividamento.

MÓDULO 1 – PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Neste módulo, vamos analisar a importância do planejamento familiar como forma de garantir o melhor aproveitamento da renda (recebimentos) e, o valor do planejamento e o estabelecimento de objetivos e metas.

ESTRUTURA DO MÓDULO:

1 – INTRODUÇÃO;
2 – IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO;
3 – PREPARAÇÃO DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO.

ITEM 1 – INTRODUÇÃO:

Você sabe o que significa investir? Vamos começar a entender melhor por que você deve:

- transformar-se em um investidor;
- conhecer o significado do planejamento financeiro e os benefícios que ele traz para sua vida.

Não devemos nos esquecer de que investir exige disciplina, ou seja:

- deixar de lado os gastos desnecessários para aprender a otimizar os ganhos no futuro;
- não pensar apenas no presente, mas preocupar-se com o futuro de nossos sonhos.

Devo lembrar de que as pessoas são diferentes e, cada um tem sua própria perspectiva sobre o consumo e a poupança.

 
DEVEMOS INVESTIR PARA QUE POSSAMOS:

a) consumir com segurança: Significa poder consumir sem a preocupação de como a conta será paga depois, não ter a dor de cabeça de contrair uma dúvida e não saber como sair dela ou poder dar-se ao luxo de aproveitar um momento sem *medo de se arrepender depois.

*MUITAS PESSOAS CONSOMEM SEM RESPONSABILIDADE E SE ARREPENDEM DEPOIS. QUEM NUNCA COMPROU ALGO E DEPOIS SE ENROLOU PARA SAIR DAQUELA SITUAÇÃO, NÃO É VERDADE? ISSO ACONTECE PORQUE NEM TODO MUNDO TEM A MESMA VISÃO SOBRE POUPAR.

b) preparar-nos para os imprevistos: Este é um dos maiores benefícios da poupança, estarmos preparados para uma emergência qualquer, não apenas casos de doenças, mas também de ajudar alguém ou pagar algo imprevisto.

Sem poupança alguma, podemos ficar sem uma saída adequada em uma situação de emergência, podendo até mesmo passar por situações constrangedoras para resolver a situação.
                                                                                      
c) planejar-nos para o futuro: Permite que você alcance independência financeira e esteja preparado para sua aposentadoria.

ITEM 2 – IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO

“Um dos motivos frequentes para a separação em um casamento é a instabilidade financeira do casal e de outros membros da família. Em muitos casos, a separação não ocorre em função de o casal ganhar pouco, e sim por causa do gasto irresponsável, que compromete todo o orçamento familiar”.

Pessoas com pouca renda costumam ajudar-se.

Uns cobrem os outros, até mesmo mantendo um caixa único;

O grande problema é quando alguém da família gasta além da conta, isto é, gasta em coisas com as quais o restante da família não concorda, sem forma alguma de controle;

O problema não está em ganhar pouco ou em ter pouca renda, está em gastar sem controle, levando problemas para dentro de casa.

POR QUE FAZER UM ORÇAMENTO?

Veja alguns motivos:

·         Conseguir viver com os próprios meios: Você e sua família vão poder viver plenamente, usando apenas o que ganham.
·         Para atingir objetivos: O orçamento ajuda a definir seus objetivos e os de sua família, e o mais importante no orçamento permite que você os atinja.
·         Viver de forma mais organizada: O orçamento financeiro da família é o planejamento das finanças do lar, permitindo que a família viva de maneira mais organizada, sabendo em que, quanto, quando e de que forma pode gastar.


“ALGUMAS PESSOAS SÃO CRAQUES ORGANIZANDO AS FINANÇAS DE UMA EMPRESA. MUITAS VEZES, SÃO MUITO COMPETENTES EM SUAS FUNÇÕES, MAS, NO ENTANTO, SÃO VERDADEIROS DESASTRES NA CONDUTA FINANCEIRA PESSOAL”.

Será que é um problema as famílias estarem endividadas?

As dívidas não são um problema efetivo se:

  •  as famílias com dívidas tiverem controle de seu orçamento;
  •  as pessoas com dívidas controlem seus gastos e tiverem previsão efetiva de quitação.

Quantos de nós, ao chegar o final do ano, recebemos nosso 13º salário e, ao lembrar que temos dívidas, achamos a solução?

Pagamos as dívidas contraídas durante o ano com o 13º!

Todo final de ano é a mesma coisa. Pensamos Legal! Tudo resolvido! Será mesmo?

Tem gente que acredita nisso.

Quando chegam as festas, a hora dos presentes e comemorar com todos os requintes.

RESULTADO! As dívidas reaparecem!

As pessoas resolvem atender ao apelo do comércio e acreditam que as coisas podem ser compradas em parcelas a perder de vista, sem juros.

As pessoas se esquecem de que as parcelas vão pesar nos gastos da família nos próximos meses.

Janeiro, por exemplo, é o mês das taxas – IPTU, IPVA – e dos gastos escolares – matrícula, uniforme e materiais.

Dessa forma, as dívidas são novamente contraídas e trazem dor de cabeça por mais onze meses.


“MAS COMO ACABAR COM ESSE CIRCULO VISIOSO?”

A resposta é simples, elabora seu orçamento, ou seja, faça o planejamento de suas receitas (recebimentos) e dos gastos (despesas) da família.


ITEM 3 – PREPARAÇÃO DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO

“NA HORA DE PREPARAR SEU PLANEJAMENTO, DEVEM SEGUIR ALGUMAS REGRAS E ALGUNS PROCEDIMENTOS.”

MAS O QUE É O PLANEJAMENTO?

O que fazer? Quem deve fazer? Quando fazer? Como Fazer?

Planejamento é um processo desenvolvido para que uma situação desejada seja alcançada de um modo mais eficiente e efetivo.

Planejar é tomar uma decisão hoje sobre algo que acontecerá no futuro.

Como fazer um plano eficaz e que permita a mim e a minha família gerir nossos recursos eficientemente?

O ponto inicial para um plano orçamentário eficaz é o conhecimento dos objetivos, das prioridades, da renda (recebimentos) e dos gastos (despesas) da família ou individualmente.

Muitas pessoas confundem as coisas porque acham que estabelecer objetivos e metas financeiras significa cortar despesas, no entanto, não se trata disso. Você e sua família apenas terão metas claras a serem atingidas.

ATENÇÃO: O planejamento financeiro deve contar com a participação de todas as pessoas envolvidas nos gostos da família. Ai esta o grande segredo!


  •   Converse com todos juntos,
  •   Discutam quais são os objetivos comuns,
  •  Mostre as vantagens que todos terão quando esses objetivos forem atingido,
  •  Perceba que a ideia é convencer os outros, não obriga-los a aceitar suas posições,
  •   Você deve buscar o comprometimento de todos para que os objetivos e as metas sejam atingidos.


 OBJETIVOS E METAS

Os objetivos devem refletir os desejos e as necessidades da vida da família, devem ser factíveis, não impossíveis de serem atingidos e, é um ponto futuro a ser atingido.

Podemos dividir os objetivos em:

Monetários – como a compra de uma casa ou de um carro;
Não monetário – como a realização de um curso de graduação ou de pós-graduação.

Para serem úteis, os objetivos devem ser:


  •   Claros;
  •   Desafiadores;
  •   Possíveis de serem atingidos;
  •   Éticos – conquistas que não ferem seus conceitos pessoais.


Os objetivos podem ser de curto, médio e longo prazo. Dessa forma, devemos definir objetivos com prazos distintos.

Os objetivos que vamos estabelecer devem ser realistas. O que isso quer dizer?

Se os objetivos forem impossíveis de ser atingidos, você e sua família logo estarão desmotivados. Dessa forma, todo o esforço será perdido, porque ninguém irá controlar as finanças em busca de um objetivo impossível.

META

Meta é um ponto intermediário a ser atingido no caminho de seu objetivo final.

Metas são etapas intermediárias para obtenção de determinado fim.

As metas exigem esforço para serem alcançadas.

Algumas pessoas definem meta como desafio a ser alcançado. Esse também é um raciocínio interessante.

Na busca de se objetivo, você pode estabelecer várias metas. Quanto mais distante for seu objetivo, mais importante será estabelecer metas intermediárias.

Outra dica importante: quantifique seus objetivos e suas metas! Os objetivos devem ser datados e quantificados para serem atingidos. Objetivos vagos e sem prazo determinado não podem ser cumpridos.

Outro aspecto importante que devemos saber sobre nossos objetivos é que eles devem ser flexíveis.

 
“PENSE, COM LIBERDADE, EM QUALQUER TIPO DE OBJETIVO. CADA UM TEM SEU PERFIL. O IMPORTANTE É QUANTIFICAR O VALOR DE SEU OBJETIVO E O PRAZO EM QUE PRETENDE ATINGI-LO.”

MÓDULO 2 – ORÇAMENTO E CONTROLE FINANCEIROS

Neste módulo, discutiremos os diversos tipos de despesas e os papéis que cada integrante da família deve assumir para que as contas não saiam do orçamento.

ESTRUTURA DO MÓDULO:

1 – ORÇAMENTO FAMILIAR;
2 – ANÁLISE DO ORÇAMENTO FAMILIAR;
3 – ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA.

ITEM 1 – ORÇAMENTO FAMILIAR

O orçamento familiar é a chave para o sucesso do planejamento financeiro, ele permitirá que você e sua família tenham condições de viver com os próprios meios.

Não importa se você vai controlar suas receitas e despesas em uma planilha eletrônica, em um caderno ou usando um software sofisticado.

O importante é anotar tudo, sem exceções.

Além de manter o controle mensal, pense em dados anuais, faça o levantamento detalhado de todos seus ganhos e gastos, mas em termos líquidos, ou seja, o que entra no bolso.


RENDA (receitas)

Nas receitas, não se esqueça de considerar o salário de todos que contribuem para a renda da família, ou seja, que fará parte do orçamento.

Considerem em seu orçamento, valores como 13º salário, abonos de férias, participação de lucros, bonificações, ou qualquer outro meio de renda, mesmo que seja em um único mês, como por exemplo: tem pessoas que recebem uma vez por ano o PIS.

Vejamos um modelo que pode ajudá-lo a preparar as entradas de renda familiar.







Modelo - Entradas da Renda


RENDA
VALOR MENSAL
VALOR ANUAL


Salário Líquido Marido




Salário Líquido Esposa




Bonificações Recebidas




Devolução do IR




Outros Ganhos




TOTAL :










DESPESAS

Alguns itens de gastos são mais fáceis de controlar do que outros.

A dica é você começar pelos itens mais fáceis, isto é, presentes todos os meses em seu orçamento.

Estamos falando daqueles pagamentos que ocorrem de maneira fixa (despesas fixas), como aluguel, condomínio, escola, seguro-saúde, água, luz, telefone, etc.

O controle de despesas que não ocorrem todos os meses é um pouco mais difícil e muitas vezes esquecidos. Podemos chamá-las de despesas variáveis.

Comece pelos gastos mais comuns, mas que têm comportamento variável, como o supermercado, combustível, entre outras.

Na sequência, faça o levantamento daqueles gastos que não são constantes, como lazer, cinema, restaurantes, lanches, presentes, entre outras.

VAMOS VER ALGUMAS DICAS?

Essas são especiais, principalmente, para aqueles que não têm a prática de controlar seus gastos.

1º DICA – PASSE UM PERÍODO INICIAL DE UM OU DOIS MESES, ANOTANDO EM UM CADERNO TUDO O QUE GASTAR. SEJA ABSOLUTAMENTE RÍGIDO! NÃO SE ESQUEÇA DE ANOTAR GORJETAS, ESMOLAS, ESTACIONAMENTOS E PEQUENOS LANCHES. TUDO DEVE SER REGISTRADO!

2º DICA – LEMBRE-SE DE QUE TODAS AS DESPESAS DEVEM SER CONSIDERADAS MENSAL E ANUALMENTE. HÁ GASTOS QUE OCORREM SOMENTE EM CERTO MÊS OU EM CERTOS PERÍODOS DO ANO, COMO AS FÉRIAS DA EMPREGADA, A MATRÍCULA ESCOLAR, OS UNIFORMES ESCOLARES E OS LIVROS ACADÊMICOS.

3º DICA – PARA QUEM TEM RENDA VARIÁVEL, O CONTROLE DO ORÇAMENTO É AINDA MAIS IMPORTANTE!

“RENDA VARIÁVEL” – Separei uma palavra especial para aqueles que não têm receita fixa, como os que recebem comissões ou profissionais liberais.

Você pode estar se perguntando como controlar ganhos e gastos se eles são muito variáveis. Justamente por isso, a manutenção de controle orçamentário é mais necessária.

Pelo controle do orçamento, você vai saber, exatamente, quais são seus limites de gastos.


PREPAREI UMA PLANILHA QUE PODE ORIENTÁ-LO A PREPARAR SEU ORÇAMENTO.

ESSE TIPO DE CONTROLE PERMITE QUE VOCÊ CONHEÇA, EM DETALHES, ONDE SEU DINHEIRO ESTÁ SENDO GASTO.

ESSE CONTROLE FICA MAIS CLARO QUANDO É FEITO POR GRUPO DE DESPESAS. DESSA FORMA, É POSSÍVEL DISCUTIR, POSTERIORMENTE, PONTOS DE ECONOMIA OU ITENS QUE DEVEM SER CORTADOS.








Orçamento Familiar


Grupo
Despesas
Valor Mensal
Valor Anual


Alimentação
Supermercado





Açougue





Padaria





Feira





Outros





Subtotal




Casa
Água





Luz





Gás





Tv a cabo





Manutenção





IPTU





Outros





Subtotal




Transporte
Ônibus / Táxis





Combustível





Estacionamento





Manutenção





Pedágio





Prestação do carro





Outros





Subtotal




Educação
Escola filhos





Faculdade





Outros Cursos





Uniforme





Material





Livro





Outros





Subtotal




Lazer
Academia





Clube





Assinatura (jornais e revistas)





Livros





Cinema





Viagem





Passeios de final de semana





Outros





Subtotal




Comunicação
Telefone fixo





Celular





Internet





Outros





Subtotal




Saúde
Consultas médicas





Dentistas





Remédios





Seguro saúde





Outros





Subtotal




Pessoal
Salão de beleza





Presente





Vestuário





Caridade





Outros





Subtotal




Filhos
Mesada





Subtotal





Subtotal




Banco
Juros





Tarifa





Crediários





Anuidade cartão de crédito





Outras





Subtotal




Investimentos
Previdência Privada





Aplicações





Seguro





Outros





Subtotal




Outras despesas






TOTAL GERAL










Você pode adotar o tipo de planilha que se adequar a seu orçamento. Ela deve ser organizada para se adaptar aos gastos e costumes de sua família.

ITEM 2 – ANÁLISE DO ORÇAMENTO FAMILIAR

Conhecendo, detalhadamente, suas receitas e despesas, você deve buscar organizar-se melhor e analisar todos seus gastos, desse jeito dá pra saber, exatamente, de onde vem e para onde vai seu dinheiro.

A preparação do orçamento familiar permite que você tenha visão clara de quanto sobra ou falta no final do mês – e do ano!

Se sobrar dinheiro, você deve planejar como investi-lo.
Se faltar, analisar os gastos torna-se mais importante ainda.

É preciso saber onde cortá-los.

Com o auxílio de planilhas, fica muito fácil calcular a porcentagem que cada item e cada grupo de gastos representam do total.

“TUDO FICA NAIS VISÍVEL AINDA COM A PREPARAÇÃO DE GRÁFICOS.”

Pode ter certeza que o esforço das economias e desse trabalho de controle, mesmo de pequenos valores, é sempre recompensado!

Caso queira se aprofundar na análise do orçamento, tem uma maneira interessante de analisar seus gastos, verificando quanto as despesas representam em dias de trabalho.

DIAS DE TRABALHO

Divida seu salário anual pelo número de dias de trabalho no ano. Em seguida, dívida o total de cada despesa por esse valor.

Por exemplo, seu salário-ano é de R$ 28.862,78 e você trabalha 5 dias por semana, isto é, 240 dias no ano. Dessa forma, seu ganho-diário é de R$ 120,26.

Caso o gasto de juros, nos últimos 12 meses, tenha sido de R$ 1.540,00, a pessoa teve que trabalhar quase 13 dias para pagar essa despesa.

GRUPO DE DESPESAS QUE CONSOMEM MAIS ESFORÇO PARA PAGAR

Quando começam a controlar nossas despesas, temos algumas surpresas ao verificar o quanto gastamos com determinados itens.

Às vezes, isso pede uma ação concreta de mudança! Algumas despesas são impossíveis de serem cortadas, mas podem ser reduzidas.

Com uma visão geral de todo o processo, de todas as suas contas, dá pra conhecer quais gastos devem ser reduzidos para que você consiga poupar.

Como o exercício de preparar e analisar o orçamento familiar, você fica apto para desenvolver esse novo hábito.

ITEM 3 – PLANO DE EMERGÊNCIA

Algumas dicas ajudam a fazer melhor o controle orçamentário. Vamos a elas?

Organizador

Para o planejamento financeiro ter mais chances de sucesso, alguns papeis devem ser definidos.

Primeiramente, alguém da família deve ser escalado para exercer funções parecidas com as que um contador possui em uma empresa. ”ALGUEM DEVE ASSUMIR A FUNÇÃO DE ORGANIZADOR DAS CONTAS DA CASA!”

QUAIS SÃO AS FUNÇÕES DO ORGANIZADOR?

1 – ORGANIZAR TODAS AS FINANÇAS;
2 – OBSERVAR OS OBJETIVOS ESTABELECIDOS;
3 – ACOMPANHAR A COMQUISTA DAS METAS;
4 – CONTRUIR O ORÇAMENTO;
5 – COLETAR E ORGANIZAR TODAS AS INFORMAÇÕES;
6 – SER CAPAZ DE PERSUADIR TODOS OS MENBROS DA FAMÍLIA A INFORMAREM ONDE GASTARAM SEU DINHEIRO, O MAIS DIFÍCIL E IMPORTANTE.

LEMBRE-SE

O contador é apenas aquele que gerencia as informações, ou seja, o organizador.

Para isso, é necessário um pouco de tempo, esforço e, principalmente, organização.
Todos os gastos devem ser anotados, os cálculos, atualizados, e os relatórios, emitidos periodicamente e discutidos com todos.


PAGADOR

É muito importante definir quem vai ser responsável pelo pagamento das contas. O responsável pela organização das contas deve cuidar para que não ocorram atrasos que gerem juros e multas de mora. Deve ser uma pessoa organizada e que controle os dias de pagamento de cada conta e saber como as contas serão divididas, ou seja, quem paga o quê.

A divisão consensual das despesas também é importante para o sucesso do planejamento familiar.

O primeiro motivo para mantermos nossos documentos organizados é a questão legal. O Código Civil Brasileiro permite a cobrança por contas antigas. Portanto, você deve mantê-las arquivadas.

Como organizar?

É muito simples e cada pessoa tem seu próprio jeito. Você pode usar pastas com divisórias ou caixas apropriadas. O importante é manter organizado. Lembre-se de que cada tipo de documento possui um prazo legal de guarda e data para descarte.

Conversa em família

A conversa em família é sempre muito importante. Em relação ao orçamento familiar, o diálogo ajuda a criar um ambiente de cumplicidade entre os membros da família. Conversa faz com que todos fiquem motivados para participar da determinação dos objetivos e da elaboração do plano financeiro. Com isso, aumentam as chances de o plano financeiro ser atingido com sucesso!

ALGUMAS DICAS PODEM AJUDAR.

1 – Diga a todos que é o assunto da conversa;
2 – Deixe todos livres para apresentarem propostas sobre os gastos e as economias que podem ser feitas;
3 – Apresente os resultados das economias feitas e da poupança obtida até o momento.

E conta conjunta? Vale a pena?

CONTA CONJUNTA DO CASAL

Possui conta conjunta é uma realidade na vida de muitos casais. O problema é gerenciá-la adequadamente, sem provocar conflitos diários.

O principal motivo para uma conta conjunta é a segurança sobre ela.

No caso de viagem, doença ou mesmo falecimento, o cônjuge terá facilidade para movimentar recursos.

O problema da conta conjunta é a possível falta de gerenciamento. A solução é relativamente simples. As contas são conjuntas, mas cada um deve respeitar a conta individual do outro. Você só deve movimentar recursos da conta de despesas da casa e de sua conta individual.

MÓDULO 3 – EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Neste módulo, trataremos, a partir de dicas e planos emergenciais, das melhores práticas para o fim das dívidas.

ITEM 1 – DICAS;
ITEM 2 – LIQUIDANDO DÍVIDAS;
ITEM 3 – PLANO DE EMERGÊNCIA;
ITEM 4 – CONCLUSÃO.

ITEM 1 - DICAS

Saber o valor do dinheiro e manter uma relação saudável com ele é essencial.

O ideal é que nossa educação financeira comece desde a infância. Por isso, é importantíssimo aprendermos e também educarmos nossos filhos para fazer bom uso do dinheiro.

Vejamos algumas dicas importantes para a educação financeira:

1 – Conhecer a diferença entre precisar de algo e querer algo.

Na hora do consumo, devemos sempre nos perguntar se queremos ou precisamos do objeto em questão.

Se a resposta for preciso, pense mais uma vez. Talvez você ache que precisa de mais um par de sapatos e isso não seja verdade.

Quando a resposta for quero, somente realize a compra se estiver dentro da previsão de seu orçamento.


2 – Poupar

Guardar dinheiro para o futuro é essencial.

Acreditar nessa ideia e cultivá-la é fundamental. Uma reserva financeira trará garantia e segurança para você e sua família.


3 – Ganhar com ética

Não há outro jeito de ganhar dinheiro que não seja com o trabalho.

Nosso limite ético é nossa própria consciência. Essa é uma prática que deve ser ensinada aos filhos muito mais com atitudes que com meras palavras.


4 – Doar

Há muitas pessoas que passam por necessidades. Uma sociedade justa é aquela que busca a dignidade de todos. Consumir apenas o necessário e repartir o que se tem é muito saudável e deve ser estimulado entre as crianças.

Mesada é outro ponto de grandes discussões em todas as famílias.

A mesada é uma forma muito adequada de educar os filhos financeiramente.

Eles devem aprender a poupar e a viver com seus próprios recursos.

ITEM 2 – LIQUIDANDO DÍVIDAS

Na tentativa de se verem livres de suas dívidas, as pessoas estão buscando todo tipo de ajuda.

Mas quem quer ajuda financeira de verdade precisa fazer sua parte.

Quem está endividado tem razão em ficar preocupado e querer livrar-se dessa situação.

Estudos mostram que pessoas endividadas têm maior tendência a desenvolver depressão.

A falta de dinheiro é também um dos aspectos mais fortes na geração de conflitos familiares, particularmente para os casais.

Logicamente, seria melhor para qualquer pessoa nunca contrair dívida alguma. No entanto, a verdade é que nossa vida nem sempre permite isso.

“AS NECESSIDADES DOS FILHOS, AQUELA TV DE LED COM QUE TANTO SONHAMOS, UMA ERMERGÊNCIA”. São muitas as situações que nos levam a acreditar que podemos entrar em um financiamento, pois teremos condições de ir até o final sem problemas.

Muitas pessoas acabam percebendo que aquela prestação pequenininha tornou-se um obstáculo insuperável com o passar dos meses. Nesse caso, algumas providências devem ser tomadas.

  
Para as pessoas que já estão com dívidas, aqui vai um passo a passo de como sair dessa.

1º PASSO

A primeira coisa a fazer é procurar o credor e solicitar a situação exata de seu débito.
Peça, por escrito, o débito total, o número de prestações em atraso, os acréscimo ocorridos nas prestações e a taxa de juros observada nesses cálculos.
Você vai ter uma surpresa quando vir o efeito nocivo dos juros sobre juros que financeiras e bancos cobram em sua dívida.

2º PASSO

Procure um órgão de defesa do consumidor – por exemplo, o PROCON – ou mesmo algum conhecido que possa ajudar a entender se aqueles cálculos estão corretos.

3º PASSO

De posse dessas contas, procure negociar esse débito com o credor. Tente estabelecer um novo contrato com todas as condições por escrito, como juros, multas, etc.
Busque um acordo com diminuição da dívida.

4º PASSO

Neste ponto há duas alternativas:

A primeira é parcelar a dívida com o próprio credor.
A segunda é obter um empréstimo mais barato.

5º PASSO

Caso você não consiga refinanciar o total ou uma parte de suas dívidas, pague primeiro aquelas nas quais incidem juros maiores.

6º PASSO

Renegociando suas dívidas e conhecendo as formas de parcelamento, coloque essas parcelas em seu orçamento.

7º PASSO

Se possível, busque algum ganho adicional com um trabalho extra.

ATENÇÃO!

ESSE PASSO A PASSO SÓ É VALIDO CASO VOCÊ AINDA NÃO ESTEJA IMPLICADO LEGALMENTE POR SUA DÍVIDA.


 IMPLICADO LEGALMENTE

Caso você tenha recebido um aviso de cartório, significando que você esta sendo protestado por sua dívida. No caso de não concordância com aquela dívida, um advogado deve ser consultado. Caso o protesto já ter ocorrido, você deve procurar o credor e acertar sua dívida. Em caso de cheque devolvido por falta de fundos.

“UMA RECOMENDAÇÃO MUITO IMPORTANTE, NÃO SE ILUDA POR OFERTAS DE CRÉDITO FÁCIL, COMO AQUELAS QUE SÃO VISTAS NAS RUAS DE MUITO MOVIMENTO”.

AO TENTAR PAGAR UMA DÍVIDA CONSTITUINDO OUTRA, VOCÊ CAI NA MESMA ARMADILHA. ESSAS EMPRESAS EMPRESTAM A JUROS EXORBITANTES. VOCÊ CORRERÁ O RISCO DE FICAR DUPLAMENTE ENDIVIDADO!

“MANTENHA A TRANQUILIDADE, QUANTO MAIS SERENOS VOCÊ E SEUS FAMILIARES ESTIVEREM, MAIS FACILMENTE VÃO ACHAR NOVAS SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS”.

ITEM 3 – PLANO DE EMERGÊNCIA

A vida nos traz algumas situações inesperadas. Nem todas são ruins. O nascimento de um filho, por exemplo, em geral, é bem-vindo. No entanto, pode trazer desequilíbrio para nossas finanças.

Algumas situações podem nos trazer grandes problemas se não estiverem preparados.

Exemplos:

  •   PROBLEMAS INESPERADOS;
  •   PERDA DE EMPREGO;
  •   FRACASSO NOS NEGÓCIOS;
  •   GASTOS MÉDICOS E COM REMÉDIOS.

SEJA QUAL FOR A SITUAÇÃO, A PRIMEIRA REGRA É NÃO ENTRAR EM PÂNICO!

“CASO VOCÊ CONTROLE SEU ORÇAMENTO OU TENHA ALGUMA POUPANÇA, TUDO FICA MAIS FÁCIL. É SÓ UMA QUESTÃO DE TER MAIS RIGOR PARA SE ADAPTAR À NOVA REALIDADE. NESSE CASO, HÁ MAIS TRANQUILIDADE, POR EXEMPLO, PARA PROCURAR UM NOVO EMPREGO”.

“PARA QUEM NÃO CONTROLE O ORÇAMENTO FAMILIAR, ESSA É HORA DE MANTER-SE AINDA MAIS CALMO E ADOTAR MEDIDAS RÍGIDAS”.



ORÇAMENTO ABCD

Um método muito indicado para os casos em que não há planejamento do orçamento familiar nem poupança é a organização de um orçamento de guerra, o orçamento ABCD. O método funciona com sete passos.

Vamos conhecê-los?

PASSO 1 – ORÇAMENTO ABCD

Elabore uma lista completa de todos os gastos da família. (não se esqueça de nada, todos os itens são importantes!)

PASSO 2 – ORÇAMENTO ABCD

Classifique os gastos nas seguintes categorias:

A – ALIMENTAR = gastos com alimentos – com toda economia possível.

B – BÁSICO = gastos de água, luz, telefone, etc.

C – CONTORNÁVEL = é uma melhora na qualidade de vida que deve ser cortada em uma emergência.

D – DESNECESSÁRIO = itens não essenciais que podem ser cortados imediatamente.

OS GASTOS A e B, POR NATUREZA, NÃO PODEM SER ELIMINADOS. CONTUDO, VERIFIQUE POSSIBILIDADES REAIS DE ECONOMIA NESSES ITENS.

OS GASTOS DO TIPO C SÃO AQUELES QUE GOSTARÍAMOS DE CONTINUAR REALIZANDO. NORMALMENTE, SÃO DESPESAS QUE NOS DÃO PRAZER OU FACILITAM NOSSAS VIDAS.

ENTRETANTO, ESTE É UM DAQUELES MOMENTOS EM QUE VOCÊ DEVE AGIR COM PONDERAÇÃO E VERIFICAR SE O GASTO É ESSENCIAL. SE FOR PRECISO, DIMINUA, RESTRINJA OU ELIMINE.

GASTOS IDENTIFICADOS COMO TIPO D DEVEM SER ELIMINADOS IMEDIATAMENTE.

PASSO 3 – ORÇAMENTO ABCD

Calcule agora qual é o valor mensal mínimo de que você e sua família precisa para viver.

 
PASSO 4 – ORÇAMENTO ABCD

Estime qual é o numero de meses que você ficará desempregado até obter uma recolocação no mercado de trabalho.

Um período razoável é considerarmos 12 meses de prazo de recolocação.

PASSO 5 – ORÇAMENTO ABCD

Multiplique o valor obtido no passo 3 - valor mínimo para sua família sobreviver – pelo número de meses obtido no passo 4 – tempo de recolocação.

Você descobrirá o valor total necessário que deve ter para passar pelo período de desemprego.

Valor total necessário = valor mínimo para sobrevivência da família x número de meses do tempo de recolocação.

PASSO 6 – ORÇAMENTO ABCD

Se o seu planejamento for apenas preventivo, você terá calculado o total de recursos que deve ter à disposição para enfrentar um período de desemprego.

Você poderá avaliar qual é o valor mensal e quanto tempo levará para conseguir uma reserva financeiro.

PASSO 7 – ORÇAMENTO ABCD

No caso de você já estar passando pelo período de desemprego, considere, por último, a possibilidade de vender algum bem para construir essa reserva financeira.

Lembre-se de que dinheiro aplicado rende juros sobre juros e isso ajuda bastante.

Contudo não arrisque! Contar com essa reserva para emergências é essencial.

ATENÇÃO

O ORÇAMENTO ABCD É UM PLANO DE EMERGÊNCIA, MAS VOCÊ PODE REALIZÁ-LO COMO UM PLANO ALTERNATIVO, ANTES QUE OCORRA O IMPREVISTO.

DESSA FORMA, VOCÊ ESTARÁ PREPARADO PARA TUDO.

CONCLUSÃO

Não existe norma alguma que dite como ter sucesso na vida. Cada um tem sua própria medida do que é ser alguém de sucesso.

Alguns filósofos admitem que o sucesso está em realizar-se como pessoa. Isso significa cumprir sua própria finalidade como ser humano.

A maior dica é investir em você mesmo. Esteja preparado para o futuro!

  • Invista em formação e cultura;
  • Seja equilibrado;
  • Seja autêntico;
  • Aprenda a lidar com as diferenças;
  • Seja organizado;
  • Seja dinâmico;
  • Seja ético;
  • Seja persistente;
  • Goste do que faz.

CHEGAMOS AO FIM DESTE CURSO! ESPERO QUE SEJA TAMBÉM O FIM DE SUAS DÍVIDAS.

MELHOR, O INÍCIO DE SEU PLANEJAMENTO FINANCEIRO!
 
Observação: Caso necessite de ajuda para entender alguma questão pertinente ao curso, deixe uma mensagem que responderei a sua dúvida. 

* Tenho várias planilhas financeiras, caso alguem queira, deixe uma mensagem com o e-mail que encaminho. 

O conteúdo deste curso, aborda a minha experiência em finanças pessoais e artigos retirados da FGV - Fundação Getulio Vargas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário