Fundos de alto risco, baixa liquidez, mas com excelente expectativa de retorno.
Os Fundos de Private Equity são
constituídos sob a forma de condomínio fechado e investem em empresas
que possuem bom potencial de crescimento e valorização. O objetivo
desses fundos é capitalizar tais empresas, ajustar a administração e
vender a participação por um valor substancialmente superior ao
comprado.
O principal papel dos gestores dessa
modalidade de investimento é o de mapear empresas atraentes para serem
adquiridas, total ou parcialmente.
Esses fundos foram regulamentados e
denominados oficialmente de Fundos de Investimento em Participações
(FIP), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no ano de 2003.
Os investidores que aplicam nesse
instrumento financeiro se tornam proprietários de cotas do fundo e
participam do processo decisório da empresa investida, com influencia na
gestão e política estratégica, uma vez que possuem a prerrogativa de
indicarem membros do conselho de administração.
Como, normalmente, os fundos possuem uma
primeira fase de pesquisa para detectar empresas atraentes para
investimento, somente após profunda análise o cotista compromete o
recurso financeiro, denominado de “capital comprometido”, que pode ser
desembolsado em um tempo pré-acordado com o gestor.
São fundos que possuem baixa liquidez,
horizonte de retorno de longo prazo e significativa assimetria
informacional. Por essas razões, possuem riscos elevados, que devem ser
avaliados e mensurados pelos investidores.
Os fundos de Private Equity são
destinados aos investidores qualificados. O aporte mínimo para o
investidor iniciar as aplicações é de aproximadamente R$ 100 mil. As
negociações podem ocorrer em bolsa de valores ou mercados de balcão
organizado.
A indústria de fundos Private Equity
vem crescendo muito em nosso país. Esse sucesso de deve a alguns
fundamentos macroeconômicos, como, a taxa básica de juros da economia em
declínio, redução do risco pais, aumento substancial das reservas
internacionais e redução da variabilidade da taxa de câmbio.
Grande parte das empresas investidas é de
tecnologia, pela característica de precisarem de dinheiro no inicio,
terem um risco alto e expectativa de retorno grande
Os custos para operar no mercado de Fundos Private Equity são compostos, fundamentalmente, por taxa de administração e performance.
A taxa de administração é o valor cobrado
do cotista pela administração. Serve para remunerar o administrador
pelos serviços prestados. A base para o cálculo da taxa de administração
nos Fundos Private Equity é o capital comprometido.
A taxa de performance é uma percentagem
paga caso os retornos dos investimentos superem uma referência
pré-estabelecida. Nesses fundos, o benchmark é, em geral, o
custo de oportunidade exigido pelo investidor ao comprometer os seus
recursos em ativos com perfil de risco e iliquidez superior ao mercado
público de ações.
Em relação à tributação, a rentabilidade
obtida constitui a base de cálculo do imposto de renda devido. O
tratamento tributário é distinto para pessoas físicas e jurídicas,
residentes e não residentes.
Vale notar que os Fundos Private Equity destinam
seus recursos para a aquisição de ações, debêntures, bônus de
subscrição e demais valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em
ações.
Embora seja um investimento de alto
risco, é vedada ao Fundo a realização de operações com derivativos,
exceto quando tais operações sejam realizadas com finalidade de hedge (proteção).
Algumas das maiores gestoras de Fundos
Private Equity do Brasil são: CRP Participações, GP Investimentos,
Pátria Investimentos, Gávea e Angra Partners.
É possível acompanhar o mercado de fundos
private equity por meio de revistas, jornais e sites especializados ou
ainda contar com assessoria de profissionais de investimentos.
Bons investimentos!
Fonte: Folhauol.com.br
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