O mercado a termo foi à primeira espécie 
de derivativo conhecida pela sociedade e é negociado, principalmente, 
sobre mercadorias, ações, moedas e títulos públicos.
É um acordo entre duas partes para comprar ou vender um ativo em determinada data futura, por preço certo e ajustado.
Quando negociado em bolsas de valores e 
mercadorias, possui características muito especificas em relação às 
outras espécies de derivativos, uma vez que é um acordo entre duas 
instituições financeiras e/ou seus clientes.
Este instrumento é liquidado 
integralmente no vencimento, não havendo possibilidade de sair da 
posição antes disso. Essa impossibilidade de recompra e revenda antes do
 vencimento (ausência de mobilidade de posições) torna o contrato a 
termo ilíquido.
Além da baixa liquidez, o risco de 
crédito no contrato a termo é substancialmente elevado, pois ocorre um 
único ajuste na data de vencimento, de maneira que uma das partes 
acumula todas as perdas para o último dia do contrato.
Para evitar a inadimplência dos contratos
 nas operações a termo, a bolsa exige um depósito de garantia e, ainda, 
há as garantias adicionais requeridas pelas corretoras de seus clientes.
As garantias podem se constituir nas 
modalidades de cobertura ou margem. O mais comum são as margens de 
garantia, estabelecidas por um percentual do valor do contrato 
dependendo da volatilidade e liquidez do ativo negociado.
Existem, basicamente, três tipos de operações a termo:
a) Operação simples: nesta modalidade, o 
comprador e vendedor acordam o vencimento e o preço do contrato. Na data
 acordada, o comprador entrega o dinheiro e recebe o ativo objeto do 
contrato.
b) Operação a prazo com prêmio: esta 
modalidade permite a desistência de uma das partes do contrato, 
comprador ou vendedor, mediante o pagamento de um prêmio (multa) 
 estipulado previamente.
c) Operação de report: esta 
operação funciona como se fosse uma concessão de um 
empréstimo-financiamento a taxa pré-fixada. O comprador adquire o ativo 
objeto à vista e realiza uma venda simultânea. 
Na prática, ele esta 
pagando a prazo com uma taxa de juros já estabelecida.
Os custos para operar no mercado a termo 
são constituídos em taxa de corretagem, registro, liquidação e 
emolumentos. A taxa de corretagem é livremente pactuada entre o 
investidor e a corretora de valores.
Nos contratos a termo não há incidência 
de imposto sobre operações financeiras (IOF), e o imposto de renda (IR) 
incide sobre todas as operações, sendo que os procedimentos são 
diferenciados para operações financeiras e não financeiras.
Segue, a título ilustrativo, um exemplo 
de operação a termo, adaptado do livro de John Hull, Opções, Futuros e 
Outros Derivativos. Neste exemplo, vale notar que não são considerados 
os custos operacionais e os tributos .
| Cotações a vista e a termo do dólar em 8 de maio de 2012 | |||||
| a vista | 1,6080 | ||||
| termo de 30 dias | 1,6076 | ||||
| termo de 90 dias | 1,6056 | ||||
| termo de 180 dias | 1,6018 | ||||
Um investidor realiza um contrato a termo
 para comprar 1 milhão de dólares em 90 dias. Suponha que a taxa de 
câmbio a vista suba para 1,6500 no final de 90 dias.
Pergunta: O investidor obtém êxito em termos financeiros?
Resposta: Sim, o investidor obtém êxito. O
 investidor acordou pagar R$ 1,6056 por dólar após 90 dias do contrato. 
Como, no vencimento do contrato, o dólar se valorizou ante ao real, o 
investidor pagará 1,6056 por uma moeda que vale R$1,6500.
A fórmula de cálculo é: St-K
Em que: St – preço a vista no vencimento do contrato;   K – preço de entrega.
Portanto: R$ 1.650.000 – R$ 1.605.600 = R$ 44.400
É possível acompanhar o mercado através da BM&FBovespa ou ainda contar com assessoria de profissionais de investimentos.
Bons investimentos!
Fonte: Folhauol.com.br 
 

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