Panorama Mundo
As bolsas mundiais andaram de lado na 
semana. Com dados mistos e sem muitas novidades, os investidores não 
tiveram o ânimo necessário para maiores rendimentos nos mercados 
acionários.
Nos EUA, a inflação de 0,7% em fevereiro 
veio acima das expectativas, mas os dados da indústria do país 
surpreenderam positivamente. A produção industrial do país, por exemplo,
 cresceu 0,7% em fevereiro. A expectativa era de 0,4%.
Entretanto, a confiança do consumidor 
americano caiu. O Michigan Sentiment (índice de confiança) de março 
ficou em 71,8 pontos, abaixo dos 77,6 em fevereiro.
Na Europa, as autoridades europeias 
iniciaram uma reunião em Bruxelas para discutir formas de reativar o 
crescimento e aumentar o emprego no continente. Há pressão de Espanha, 
Itália e França, que pedem um afrouxamento das medidas de austeridade.
Na sexta-feira à noite, após o fechamento
 dos mercados, a região aprovou a extensão do prazo de pagamento de 
empréstimos feitos a Portugal e Irlanda. Assim, a confiança nos países 
deve aumentar e seus custos da dívida diminuírem.
Panorama Brasil
Na semana passada, o Ibovespa apresentou queda semanal de 2,67%, puxada pelo rendimento ruim da OGX.
Além disso, vários analistas começaram a 
reduzir suas expectativas para o rendimento da bolsa brasileira em 2013.
 O Morgan Stanley, por exemplo, baixou sua projeção para o Ibovespa no 
fim do ano de 72,1 mil pontos para 60 mil pontos.
Ademais, a Fitch reduziu a perspectiva de crescimento do PIB brasileiro em 2013 de 3,7% para 3%.
Apesar disso, notícias boas surgiram no 
país. O IBC-Br* teve alta de 1,29% na passagem de dezembro para janeiro.
 O dado foi maior que o esperado pelo mercado.
Em relação à inflação, o IPC-Fipe 
desacelerou para 0,06% na primeira quadrissemana de março, ante alta de 
0,22% na última semana de fevereiro. No entanto, o IPC-S acelerou para 
0,52% na primeira semana de março, ante 0,33% na última semana de 
fevereiro.
Diante do cenário inflacionário 
brasileiro, a ata do Copom, divulgada na quinta-feira, admitiu que há 
“uma eventual acomodação da inflação em patamar mais elevado”.
A autoridade monetária brasileira se 
mostra preocupada com a inflação, mas o mercado ainda não conseguiu ter 
certeza de quais serão os passos que o BC dará para combater o problema.
Quanto ao dólar, a moeda teve um 
movimento totalmente inverso ao da semana anterior, saindo de R$1,947 na
 sexta-feira dia 08/03 para R$1,981 no fechamento da semana passada.
A banda informal do BACEN de R$1,95 – 
R$2,00 foi reforçada quando a ata do Copom afirmou que a moderação em 
variáveis como o câmbio será importante para a desinflação.
Expectativas da Semana
Nessa semana, a atenções serão 
direcionadas aos Estados Unidos. O Senado do país votará o orçamento 
para 2014 e ocorrerá uma reunião do FOMC*.
Os investidores estão receosos que a 
autoridade monetária norte-americana retire os estímulos à economia como
 forma de impedir especulação financeira excessiva.
Além disso, pode haver decisões importantes na Europa já que novos encontros dos líderes da região ocorrerão.
Com isso, a semana pode ser de 
volatilidade sem tendência definida. Deve ocorrer uma alta inicial nas 
bolsas europeias por conta da extensão do prazo de pagamento de 
empréstimos feitos a Portugal e Irlanda.
No Brasil, o destaque continua sendo a 
inflação. Serão divulgados o IPC-S, o IGP-M e o IPCA-15. O movimento dos
 juros dependerá basicamente do resultado desses índices.
Enquanto isso, o Ibovespa continuará 
lutando para conseguir retornos positivos e o dólar deve permanecer no 
patamar entre R$1,95 e R$2,00, com uma tendência de leve desvalorização.
*Dicionário Economês-Português
IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – Índice 
calculado pelo Banco Central que tem como objetivo tentar prever o 
desempenho futuro da economia brasileira.
FOMC – O “Federal Open Marketing Committee” é o equivalente 
norte-mericano do Copom Brasileiro. O FOMC é o comitê que decide a 
política monetária do país do Tio Sam periodicamente.
Fonte: folhauol.com.br 
 

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