As oscilações da taxa básica de juros influenciam as decisões dos 
investidores e podem afetar as expectativas para o longo prazo. 
As taxas variam conforme o horizonte de tempo com o qual o investidor 
está lidando. Essa composição de taxas e prazos recebe o nome Estrutura a
 Termo da Taxa de Juros (ETTJ).
Para ilustrar seu funcionamento, utilizaremos dados da curva de juros DI futura, negociada em Bolsa, do dia 27 de agosto.
Nessa data, a taxa imediata de negociação adotada era de 8,22% -na data,
 a Selic estava em 8,5% ao ano. Para os investidores que pretendiam 
permanecer com o investimento até 2014, a taxa era de 9,24%; para os que
 aceitavam aguardar até 2015, de 10,44%; e para os menos preocupados, 
que só verão o retorno em 2017, de 11,65% ao ano. 
Como a taxa imediata (8,22%) é menor do que a prevista no início de 2014
 (9,24%), pode-se dizer que o mercado espera uma alta de juros. A taxa 
de 9,24% é uma média formada pela composição de todas as taxas da data 
até o vencimento. 
Para ilustrar a lógica da taxa média, suponhamos a seguinte simulação: 
um indivíduo possui R$ 1.000 hoje e as taxas de juros para um e dois 
anos de investimento são 9% e 9,5%, respectivamente. 
Passado um ano, o 
valor final será de R$ 1.090 e, passados dois anos, R$ 1.199. 
Para calcular o valor dos juros do entre o primeiro e segundo anos, 
basta questionar quanto R$ 1.090 precisam aumentar para que se chegue em
 R$ 1.199. Nesse caso, a diferença é de R$ 109, ou seja, 10%, e a taxa 
de juros para dois anos é uma média entre a taxa do primeiro ano (9%) e a
 do segundo (10%). 
Assim, inferindo eventuais aumentos ou reduções na taxa básica da economia, é possível projetar rendimentos utilizando a ETTJ. 
Fonte: folhauol.com.br 
 
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