O cartão de crédito é responsável por uma fatia consideravelmente maior 
do gasto mensal das famílias com dívida que o cheque especial, afirma a 
Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Juntas as duas linhas, 
chamadas de "rotativas" pelo Banco Central, respondiam por 27% do 
comprometimento de renda em abril, segundo Relatório de Estabilidade 
Financeira do BC.
 Pelos cálculos da Febraban, o cartão de crédito responde por mais de 
80% do peso dos "rotativos" no orçamento familiar . "O cheque especial, 
por sua vez, concentraria (...) menos de 20% do total dos rotativos", 
escreve a entidade em seu informe semanal.
 Segundo o relatório do BC, o crédito pessoal (incluindo crédito 
pessoal, consignado, cooperativas e outros), concentrava 43% do 
comprometimento  total da renda da população, dado o saldo elevado e os 
prazos não tão longos.
 Apesar de serem pouco representativos no estoque das operações de 
crédito, as linhas "rotativas" de financiamento pressionam mais o 
orçamento mensal das famílias graças a concentração em prazos curtos de 
juros altos, como mostra reportagem do jornal Valor desta segunda-feira.
 Os economistas da Febraban também fizeram uma estimativa de quanto 
seria o gasto mensal com dívida caso a maior parte do estoque de 
operações de crédito fossem financiamentos imobiliários, com prazos mais
 longos e juros menores.
 "Supondo que 80% fosse crédito imobiliário, como nos EUA, e 
redistribuindo o restante pelas linhas e pesos atuais, o comprometimento
 de renda no Brasil seria de 9,8%, dos 22,1% atuais", escreve a 
Febraban. Em julho, o comprometimento de renda com dívida financeira no 
Brasil foi de 22,42%, maior percentual da série histórica do Banco 
Central, que começa em 2005.
Fonte: G1
 
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