 
 
Panorama Mundo
Apesar do porta-voz da Casa Branca, Jay 
Carney, ter anunciado que haverá um trabalho conjunto entre o presidente
 e os congressistas norte-americanos para a resolução da questão fiscal 
do país, os temores em relação ao abismo fiscal nos EUA arrastaram as 
bolsas para o rendimento semanal negativo.
Além disso, o furacão Sandy, que atingiu
 a costa leste dos Estados Unidos no final de outubro, pregou mais uma 
peça com os investidores ao elevar os pedidos para seguro-desemprego na 
semana passada.
Enquanto isso, na Ásia, o primeiro 
ministro japonês, Yoshihiko Noda, avisou que o governo prepara um novo 
pacote de estímulo fiscal. Assim, as bolsas japonesas respondiam bem 
tanto a essa possibilidade quanto aos recentes estímulos monetários.
Na China, o crescimento das exportações,
 11.6% em um ano, elevou o superávit comercial do país e animou os 
mercados com relação à recuperação chinesa.
Panorama Brasil
O  Índice de 
Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) indicou desaceleração, 
apresentando, em setembro, queda de 0,52% em relação a agosto e alta de 
0,44% em comparação ao mesmo mês do ano passado, menor valor desde 
abril.
A inadimplência divulgada mostra que outubro aumentou 3.4% em comparação com setembro segundo a Boa Vista Serviços.
A novidade da semana foi o anúncio 
federal que haverá corte nas tarifas de importação de 232 itens dos 
setores de mineração, petróleo, bens de capital e informática, uma forma
 de tentar diminuir o custo de produção de boa parte das indústrias no 
país.
Em relação aos mercados, a bolsa brasileira seguiu a movimentação externa e fechou, no geral, em baixa.
Inesperada foi a alta movimentação do 
dólar na semana que saiu de um patamar próximo de R$ 2,04 e atingiu o 
nível de R$2,0818 para venda nessa sexta-feira.
Por conta do movimento cambial e dos 
índices anteriores, as expectativas de inflação continuaram subindo, 
mesmo com o IGP-10 indicando deflação de 0,28%.
Quanto aos juros, a curva de juros se mostrou volátil devido às incertezas em relação à política monetária brasileira.
Além disso, a declaração da CNI de que 
57% das indústrias não tiveram queda nos seus custos de financiamento de
 Agosto em relação a Maio pode indicar que o canal de crédito para 
transmissão da política monetária continua fraco.
Expectativas da Semana
A CJE acredita que a manutenção do cenário atual deve se alterar na próxima semana.
A incerteza em relação ao abismo fiscal 
deve continuar guiando os mercados e dando viés de quedas para a bolsa, o
 que deve ser acentuado pela baixa liquidez proveniente de feriados nos 
EUA e no Brasil.
O dólar deve continuar com tendência de 
valorização, mas os movimentos devem ser menos bruscos devido à 
possibilidade de intervenção estatal
A curva de juros deve continuar 
precificando a manutenção da taxa de 7,25% até o final de 2013, com 
possibilidade de algumas movimentações bruscas dependendo de como as 
expectativas de inflação irão se comportar com a divulgação do IGP-M e 
do IPC-S.
Post em Parceria com a Consultoria Júnior em Economia (CJE) da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. 
 
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