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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Instrumentos Financeiros nº12: Ouro

Quando estamos diante de incertezas políticas e econômicas, o ouro é uma boa alternativa para diversificação dos investimentos.
O ouro é um metal precioso que integra o mercado de renda variável, assim como as ações. Portanto, seu preço depende fundamentalmente da dinâmica entre compradores e vendedores.
Apesar de ser classificado dentro de um mercado de alta volatilidade, é considerado um dos ativos financeiros mais seguros, uma vez que muitos o vêem como reserva de valor.

No Brasil, o ouro é cotado em reais por grama e sua cotação segue os contratos negociados na Bolsa de Nova York. Desta forma, a cotação do ouro inclui, também, as oscilações da taxa de câmbio (real x dólar).

Diante disso, alguns investidores utilizam o investimento em ouro como forma de preservar o patrimônio em dólar.

Para investir em ouro, existem duas maneiras: o ouro físico ou os contratos negociados na BM&F BOVESPA.

O ouro físico, negociado em barras, pode ser adquirido em instituições financeiras de comercialização do metal como corretoras, distribuidoras e bancos.

O metal pode ser retirado diretamente no balcão da instituição financeira vendedora ou mantido em custódia nos agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil (BACEN).

O investidor decide se levará o metal para casa ou deixará depositado em custódia nos agentes autorizados, que cobram uma taxa mensal pelo serviço. Esse serviço custa em média 0,07% por mês.

Os agentes autorizados a guardar o ouro no Brasil são Citibank, Santander, Brinks, Casa da Moeda, Banco do Brasil e Safra. Alguns agentes, para promover esse serviço, oferecem garantia de recompra diária do ouro

Os contratos negociados na BM&F BOVESPA só podem ser adquiridos junto às corretoras de valores que operem nesta modalidade. Nesse caso, existem os contratos padrão, de 250 gramas, e os fracionários para atender aos pequenos investidores.

O contrato negociado na BM&F BOVESPA garante um grau de pureza do metal de 99,9% e a bolsa se responsabiliza pela custódia. Os custos de corretagem (intermediação) e custódia (guarda e liquidação) são cobrados do investidor.

Ainda nos contratos negociados na Bolsa, o investidor pode resgatar o ouro físico e levá-lo para casa em seu vencimento. Neste caso, o investidor deverá procurar a corretora intermediadora e solicitar o resgate do metal junto a BM&F BOVESPA.

Somente são aceitos os resgates de 250 gramas ou valores múltiplos deste e uma vez retirado, o ouro deixa de ter padrão de negociação em ambiente da Bolsa e não é mais ativo financeiro, passando a ter o valor de um produto como outro qualquer.

Vale notar que por meio da BM&F BOVESPA, além da compra à vista, há também a possibilidade de negociação dos contratos de derivativos, mas eles são mais indicados para investidores experientes, em razão da sofisticação e complexidade.

O ouro tradicionalmente é um investimento defensivo, uma vez que em períodos de crise, ele geralmente preserva o patrimônio dos investidores

Em alguns casos, durante crises, o preço do ouro teve valorização, ao contrário da maior parte dos ativos. Assim, as turbulências financeiras que vivemos nos últimos tempos fizeram do ouro um dos mecanismos mais rentáveis.

Em relação à tributação, quando as operações forem realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros ou pelas instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional aplica-se o tratamento tributário previsto para as operações de renda variável, tendo em vista tratar-se de ouro, ativo financeiro.

Neste caso  segue a mesma regra de tributação existente para a negociação de ações, por exemplo.

Vale observar que a rentabilidade estará isenta de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) sempre que o valor total de venda dos contratos de ouro for inferior a R$ 20 mil reais por mês.

Apesar de ser um investimento seguro e uma reserva de valor consagrada para muitos, o ouro também é uma aplicação de risco, sujeita a importantes oscilações. Como todo ativo de renda variável, se a oferta for maior que a demanda o preço tende a cair e, portanto, ter ouro não é garantia de boa rentabilidade ao capital.

É possível acompanhar o mercado de ouro por meio de jornais e sites especializados ou ainda contar com assessoria de profissionais de investimentos.

Bons investimentos!

Fonte: Folha uol

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