Quando estamos diante de incertezas políticas e econômicas, o ouro é uma boa alternativa para diversificação dos investimentos.
O ouro é um metal
precioso que integra o mercado de renda variável, assim como as ações.
Portanto, seu preço depende fundamentalmente da dinâmica entre
compradores e vendedores.
Apesar de ser classificado dentro de um
mercado de alta volatilidade, é considerado um dos ativos financeiros
mais seguros, uma vez que muitos o vêem como reserva de valor.
No Brasil, o ouro é cotado em reais por
grama e sua cotação segue os contratos negociados na Bolsa de Nova York.
Desta forma, a cotação do ouro inclui, também, as oscilações da taxa de
câmbio (real x dólar).
Diante disso, alguns investidores utilizam o investimento em ouro como forma de preservar o patrimônio em dólar.
Para investir em ouro, existem duas maneiras: o ouro físico ou os contratos negociados na BM&F BOVESPA.
O ouro físico,
negociado em barras, pode ser adquirido em instituições financeiras de
comercialização do metal como corretoras, distribuidoras e bancos.
O metal pode ser retirado diretamente no
balcão da instituição financeira vendedora ou mantido em custódia nos
agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil (BACEN).
O investidor decide se levará o metal
para casa ou deixará depositado em custódia nos agentes autorizados, que
cobram uma taxa mensal pelo serviço. Esse serviço custa em média 0,07%
por mês.
Os agentes autorizados a guardar o ouro
no Brasil são Citibank, Santander, Brinks, Casa da Moeda, Banco do
Brasil e Safra. Alguns agentes, para promover esse serviço, oferecem
garantia de recompra diária do ouro
Os contratos negociados na BM&F BOVESPA
só podem ser adquiridos junto às corretoras de valores que operem nesta
modalidade. Nesse caso, existem os contratos padrão, de 250 gramas, e
os fracionários para atender aos pequenos investidores.
O contrato negociado na BM&F BOVESPA
garante um grau de pureza do metal de 99,9% e a bolsa se responsabiliza
pela custódia. Os custos de corretagem (intermediação) e custódia
(guarda e liquidação) são cobrados do investidor.
Ainda nos contratos negociados na Bolsa,
o investidor pode resgatar o ouro físico e levá-lo para casa em seu
vencimento. Neste caso, o investidor deverá procurar a corretora
intermediadora e solicitar o resgate do metal junto a BM&F BOVESPA.
Somente são aceitos os resgates de 250
gramas ou valores múltiplos deste e uma vez retirado, o ouro deixa de
ter padrão de negociação em ambiente da Bolsa e não é mais ativo
financeiro, passando a ter o valor de um produto como outro qualquer.
Vale notar que por meio da BM&F
BOVESPA, além da compra à vista, há também a possibilidade de negociação
dos contratos de derivativos, mas eles são mais indicados para
investidores experientes, em razão da sofisticação e complexidade.
O ouro tradicionalmente é um
investimento defensivo, uma vez que em períodos de crise, ele geralmente
preserva o patrimônio dos investidores
Em alguns casos, durante crises, o preço
do ouro teve valorização, ao contrário da maior parte dos ativos.
Assim, as turbulências financeiras que vivemos nos últimos tempos
fizeram do ouro um dos mecanismos mais rentáveis.
Em relação à tributação, quando as
operações forem realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de
futuros ou pelas instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional
aplica-se o tratamento tributário previsto para as operações de renda
variável, tendo em vista tratar-se de ouro, ativo financeiro.
Neste caso segue a mesma regra de tributação existente para a negociação de ações, por exemplo.
Vale observar que a rentabilidade estará
isenta de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) sempre que o valor
total de venda dos contratos de ouro for inferior a R$ 20 mil reais por
mês.
Apesar de ser um investimento seguro e
uma reserva de valor consagrada para muitos, o ouro também é uma
aplicação de risco, sujeita a importantes oscilações. Como todo ativo de
renda variável, se a oferta for maior que a demanda o preço tende a
cair e, portanto, ter ouro não é garantia de boa rentabilidade ao
capital.
É possível acompanhar o mercado de ouro
por meio de jornais e sites especializados ou ainda contar com
assessoria de profissionais de investimentos.
Bons investimentos!
Fonte: Folha uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário