
Panorama Mundo
A semana passada foi marcada por vários
eventos internacionais. No campo da diplomacia, a ONU aprovou a elevação
do status da Palestina de “entidade observadora” para “Estado
observador não membro” – uma grande vitória política dos territórios
palestinos.
Nos EUA, foram abertas as negociações entre democratas e republicanos para que o abismo fiscal (fiscal cliff) seja evitado. Destaque para a proposta de Obama para que não haja mais o teto da dívida do país.
Atualmente, o congresso americano é quem
determina o nível máximo da dívida, porém a elevação do mesmo, apesar
de ser na grande parte das vezes necessária, gera conflitos políticos.
Na Europa, o Parlamento Alemão aprovou o
pacote de ajuda à Grécia, que estende o prazo de pagamento das dívidas e
diminui o montante de juros.
Enquanto isso, a Espanha declarou que
não irá reajustar as aposentadorias em relação à inflação. A medida
polêmica tem o objetivo de ajudar o país a atingir suas metas fiscais.
Na Ásia, o PIB da Índia cresceu 5,3% no terceiro trimestre (anualizado) contra uma a previsão de analistas de 5,2%.
As bolsas internacionais responderam
essa notícias com incerteza, A semana começou em em baixa, porém
mercados recuperaram durante a semana , fechando a sexta-feira com
variação semanal próxima a zero.
Panorama Brasil
No Brasil, o Copom manteve a meta da
taxa Selic em 7,25% como previsto. Além disso, foi divulgado o
crescimento do PIB no terceiro trimestre: 0,6% em comparação com o
trimestre anterior.
O dado frustou as expectativas do
mercado que eram de 1,2% capturadas pelo IBC-Br - Índice de Atividade
Econômica do Banco Central.
O mercado nacional acompanhou o tom de dúvidas externo e a bolsa brasileira fechou a semana com variação de -0,17%.
Esse cenário deu força ao dólar que se
valorizou e fechou a semana em R$2,1307. A busca por investimentos mais
seguros e a falta de intervenções do BC contribuíram para essa alta.
Quanto à inflação, o IGP-M registrou
deflação de 0,03% em novembro. O IPC-Fipe desacelerou de 0,70% para
0,64% na terceira quadrissemana.
As expectativas de inflação continuam prevendo a inflação anual acima de 5,4% para 2012 e 2013.
Expectativas da Semana
Na próxima semana, a bolsa deve
continuar sem tendência visível, pois os PMIs chinês e europeu, que
serão divulgados, devem, respectivamente, aumentar e frear a confiança
dos investidores.
Com o crescimento abaixo do esperado,
investidores podem diminuir suas apostas nas empresas que dependem do
consumo interno, causando quedas.
A esperança dos investidores locais recai sobre as exportadoras, Se o dólar continuar se valorizando, o que a CJE-FGV acredita
que será a tendência se o BC não voltar a intervir, o mercado deve ter
mais atenção com os papéis dessas empresas. Empresas importadoras, como a
Petrobrás, devem ser evitadas.
A curva de juros deve continuar precificando a manutenção da taxa de 7,25% até o fim de 2013.
Se o mercado vir o crescimento divulgado
como sinal de que a recuperação está longe, as expectativas de inflação
também devem cair.
Fonte: Folha uol
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