Panorama Mundo
Na última sexta-feira, o
primeiro-ministro italiano, Mario Monti, renunciou após ficar um um
pouco mais de um ano no poder . O tecnocrata decidiu dar espaço para
eleições no país.
Parte dos as analistas entendem essa
medida um avanço pois o país precisa de mudanças , no entanto, a
sinalização de Silvio Berlusconi em voltar ao poder causou uma tensão.
Caso Berlusconi assuma, a economia
européia pode ser abalada uma vez que ele já declarou a possibilidade de
o país sair da zona do euro.
Ainda no mundo político, o Partido
Liberal Democrático japonês ganhou as eleições do domingo passado e
causou alvoroço no mercado. O futuro primeiro-ministro, Shinzo Abe, já
declarou que a política monetária do país deve ser mais frouxa* e,
inclusive, financiar gastos públicos por meio da emissão de moeda. O
resultado foi uma desvalorização expressiva do Iene.
Por fim, para não perder o costume, ainda não houve acordo sobre o fiscal cliff* nos Estados Unidos. .
De positivo para o país do “Tio Sam”, há
o crescimento do PIB do terceiro trimestre. Em taxa anualizada, a
variação foi de 3,1%, acima da expectativa do mercado de 2,8%.
O mercado americano respondeu de forma positiva a esses eventos com altas semanais. Porém, com a indecisão em relação ao fiscal cliff* e a renúncia de Mario Monti, as bolsas caíram na sexta-feira e mostraram que podem seguir essa tendência na semana que entra.
Panorama Brasil
No Brasil, o Ibovespa seguiu a mesma tendência: teve alta na semana, mas demonstrou tendência de queda na sexta-feira.
Enquanto isso, a presidente Dilma
Rousseff tenta pressionar o Legislativo para que a votação do orçamento
de 2013 seja feita o mais rápido possível para que não haja problemas
nos planos de investimento do governo.
Além disso, o governo brasileiro adiou a
votação do veto presidencial sobre a decisão parlamentar sobre os
royalties do Petróleo.
Foi decidido que os royalties de
contratos já assinados e futuros seriam divididos entre todos os estados
da nação. A presidente vetou a medida como forma de garantir o mercado
internacional não veja o Brasil como um país que muda as regras do jogo
durante o próprio jogo.
Em relação à inflação, o mais importante
fato foi a divulgação do IPCA-15. O índice que serve como prévia da
inflação oficial subiu 0,69% em dezembro, acima das expectativas do
mercado de 0,66%.
Quanto aos juros, a semana foi marcado
por leves altas na curva de juros, resultantes de maiores expectativas
de inflação. No entanto, o nível dos juros continua historicamente
baixo. Isso ocorreu devido a crença de que o Banco Central não irá
combater a inflação por meio dos juros e sim com outras medidas
disponíveis, como o compulsório.
Enfim, o dólar fechou a semana em
R$2,073 com leve depreciação. A variação ocorreu graças às intervenções
do BC para impedir a valorização da moeda estrangeira.
Expectativas da Semana
Na próxima semana, as comuns altas de fim de ano da bolsa podem não ocorrer. Com o problema do fiscal cliff* norte-americano, o Ibovespa ameaça andar de lado.
Ao mesmo tempo, os juros devem continuar
bem ancorados em valores historicamente baixos e as expectativas de
inflação aumentando vagarosamente.
O dólar deve variar próximo aos valores de R$2,07 e R$2,08 enquanto o BC luta para manter um regime cambial praticamente fixo.
*Dicionário Economês-Português
Política monetária frouxa – Política
monetária que possui como objetivo estimular a economia seja por meio de
queda na taxa de juros, seja por meio de outras medidas como diminuição
dos compulsórios ou compra de títulos públicos.
Fiscal cliff (abismo fiscal) –
Aumento de impostos e corte de gastos governamentais automáticos
previstos para ocorrerem no início de 2013 nos EUA. Se realmente
ocorrer, o país pode entrar em outra recessão.
Fonte: folhauol
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