Um Fundo de Investimento é definido como uma comunhão de recursos
financeiros, constituída sob a forma de condomínio. Os recursos são
destinados à aplicação em ativos financeiros.
Os investidores que aplicam nesse instrumento financeiro se tornam
proprietários de uma fração do fundo (cotistas), de acordo com os
valores investidos.
A maior parte dos fundos exige um pequeno aporte para o investidor iniciar seus investimentos. É comum encontrar fundos que aceitam cotistas com aplicações iniciais de, aproximadamente, R$ 50,00.
Ao investir em um fundo, o participante está transferindo a gestão
dos recursos para um profissional, dessa forma, não é necessário possuir
grandes conhecimentos de mercado para optar por essa modalidade.
Teoricamente, o gestor do fundo reúne condições técnicas para
proporcionar uma melhor rentabilidade para os cotistas com um menor
nível de risco. No entanto, cabe ao investidor analisar se a taxa paga
ao gestor compensa, de fato, o ganho em termos de risco e retorno.
A indústria de fundos de investimento é das mais representativas no
cenário nacional. Conforme dados da Associação Brasileira das Entidades
dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o patrimônio líquido dos
fundos totaliza R$ 2,189 trilhões e aumenta, substancialmente, a cada
ano. Em 2012 a captação líquida foi de R$ 97,6 bilhões.
Os fundos de investimento previstos na Instrução CVM nº409/04 classificam-se de acordo com a composição de suas carteiras em:
Fundo de Curto Prazo
Investem em títulos públicos e privados de baixíssimo risco e são aconselhados para os investidores com perfil conservador.
Fundo Referenciado
Fundos referenciados são aqueles que visam seguir algum índice de referência. Os mais conhecidos são os Referenciados DI. Investem no mínimo 95% da carteira, em títulos de renda fixa pós-fixados, sendo 80%, pelo menos, em títulos públicos federais e títulos privados de baixo risco, que acompanhem a variação do indicador de desempenho escolhido, no caso, o CDI. São aconselhados para os investidores com perfil conservador.
Investem em títulos públicos e privados de baixíssimo risco e são aconselhados para os investidores com perfil conservador.
Fundo Referenciado
Fundos referenciados são aqueles que visam seguir algum índice de referência. Os mais conhecidos são os Referenciados DI. Investem no mínimo 95% da carteira, em títulos de renda fixa pós-fixados, sendo 80%, pelo menos, em títulos públicos federais e títulos privados de baixo risco, que acompanhem a variação do indicador de desempenho escolhido, no caso, o CDI. São aconselhados para os investidores com perfil conservador.
Fundo de Renda Fixa
Investem no mínimo 80% de seu patrimônio em títulos públicos e privados do segmento de renda fixa e são aconselhados para investidores conservadores e moderados.
Fundo de Ações
Investem no mínimo de 67% de seu patrimônio em ações e são indicados para investidores com perfil mais arrojado.
Fundo Cambial
Investem no mínimo 80% em títulos que acompanham a variação da taxa de câmbio, como dólar e euro. São indicados para proteção (hedge).
Fundo de Dívida Externa
Investem, sobretudo, em títulos da divida externa de responsabilidade da União e são indicados para investidores moderados e arrojados.
Fundo Multimercado
Investem em diversas espécies de ativos como títulos públicos e privados, pré ou pós-fixados, derivativos, moedas e ações. São indicados para investidores conservadores, moderados e arrojados.
Antes de decidir por um fundo, é interessante pesquisar as
rentabilidades históricas, a reputação do gestor e o perfil dos produtos
de investimento que compõe a carteira do fundo.
Vale lembrar que a classificação atual não é suficiente para refletir
o grau de risco. Por exemplo, dois fundos de renda fixa, podem ter
graus de risco distintos e, por conseguinte, desempenhos
substancialmente diferentes.
Investir em renda fixa significa, a rigor, comprar dívidas de
empresas ou do governo. O risco de comprar divida do governo ou de uma
empresa sólida não pode ser comparado com o risco de adquirir dívida de
uma empresa em dificuldades financeiras. Infelizmente, a classificação
não diferencia, logo cabe ao investidor ficar atento.
Os custos para operar no mercado de fundos são compostos,
basicamente, por taxa de administração e, eventualmente, taxa de
performance.
A taxa de administração de um fundo é o valor cobrado do cotista pela
instituição financeira que administra o fundo. Serve para pagar por
todos os serviços prestados. O valor da taxa é cobrado anualmente e não
depende da rentabilidade obtida. É um percentual calculado sobre o
patrimônio líquido do fundo.
A taxa de performance é o valor cobrado do cotista quando a
rentabilidade do fundo supera a de um indicador de referência, conhecido
como benchmark. Ela serve para remunerar uma boa administração.
Nos fundos de investimentos há incidência de imposto sobre operações
financeiras (IOF) conforme tabela regressiva. O imposto de renda (IR) é
cobrado sobre os rendimentos. A cobrança é antecipada, uma vez que
ocorre semestralmente no último dia útil dos meses de maio e novembro de
cada ano.
Os fundos de curto prazo sofrem incidência de uma alíquota de IR
de20% e os fundos de longo prazo de 15%. O cálculo da diferença entre a
alíquota recolhida semestralmente e a devida seguirá a tabela regressiva
de IR (instrumentos de renda fixa) e será feito no momento do resgate,
conforme o prazo que o investidor permaneceu com os recursos aplicados.
Vale notar que os fundos de ações são exceção a regra geral. Nessa
espécie de fundo não há incidência de IOF e não existe cobrança
semestral de IR. Os rendimentos sofrem tributação de 15% de IR, somente,
no resgate.
O setor está mudando, porém grande parte dos fundos opera e cobra
taxas copiosas e o serviço prestado pelo gestor em redução de riscos e
aumento de retorno, muitas vezes não compensa.
Antes de investir, faça uma pesquisa de taxas e investigue o perfil do gestor para não comprar gato por lebre.
Entre as vantagens oferecidas pelos fundos de investimento aos
investidores podemos destacar a comodidade de ter investimentos geridos
por profissionais especialistas; a redução de risco por meio de um
processo de diversificação de carteira; e a diluição de custos a partir
da participação de vários investidores.
É possível acompanhar o mercado de fundos por meio de revistas,
jornais e sites especializados ou ainda contar com assessoria de
profissionais de bancos e corretoras.
Bons investimentos!
Fonte: Folhauol.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário