
O celular mais famoso do mundo se 
transformou em um interessante medidor de custo de vida e poder de 
compra, e os resultados das cidades brasileiras não são muito 
animadores.
O Índice iPhone, elaborado pelo Union 
Bank of Switzerland (UBS), compara a quantidade de horas de trabalho 
necessária para que um indivíduo consiga adquirir uma unidade do 
smartphone em diferentes cidades do mundo.
Segundo os dados, os paulistanos 
empregam 106 horas na conquista de um iPhone, e os cariocas ficam 
próximos a 160 horas. Enquanto isso, em Nova Iorque o aparelho custa 
pouco mais de 27 horas de trabalho.
O resultado não é tão assutador, uma vez
 que São Paulo e Rio de Janeiro figuram também entre as 15 cidades mais 
caras do mundo para se viver, à frente inclusive de Dubai, Londres, 
Copenhague, conforme pesquisa da consultoria Mercer de Julho de 2012.
Que o custo de vida brasileiro seja caro
 já não é mais novidade. Mas quais são os motivos que elevam este valor a
 níveis tão irreais?
Uma das explicações é a dimensão 
catastrófica do fantasma conhecido como Custo Brasil, termo utilizado 
para definir os obstáculos econômicos e estruturais que restringem a 
eficiência da indústria nacional e, consequentemente, reduzem o 
crescimento do país.
Há uma quantidade tão grande de 
inconveniências que chega a parecer que a intenção do governo é impedir a
 entrada de novas empresas no mercado, e não favorecê-las.
A altíssima carga tributária; a malha 
logística ineficiente; a taxa de juros pouco competitiva; e as 
dificuldades burocráticas enraizadas nos sistemas político e judiciário,
 por exemplo, acabam por retardar e encarecer os investimentos em vez de
 lhes fornecerem suporte.
Para o consumidor, a situação é ainda 
pior: aos custos já citados somam-se as margens de lucro copiosas 
praticadas na maior parte dos setores, que tornam os preços finais dos 
produtos bastante indigestos.
Talvez a maior flexibilidade das 
políticas permita que o custo de vida no Brasil diminua, mas ainda é 
necessário criar condições favoráveis à competitividade. Afinal, não é 
prudente comprar iPhones enquanto se produz jabuticabas.
Fonte: Folhauol.com 
 
 
 
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