
Panorama Mundo
A semana foi, novamente, de movimentos 
laterais nas principais bolsas mundiais. Com os agentes formando 
expectativas para o ano e com o impasse do teto da dívida 
norte-americana*, a cautela dominou os investidores.
Com resultados positivos de bancos 
norte-americanos e alguns bons indicadores (dados do varejo e do mercado
 imobiliário, assim como o número de pedidos de auxílio-desemprego, que 
foram melhor que o esperado, a tendência foi de leve alta. Com isso, boa
 parte das bolsas internacionais fechou a semana no azul.
Destaque para a bolsa chinesa que subiu 
3,3% na semana. O desempenho puxado pelo crescimento maior que esperado 
do PIB. O dado foi de alta de 7,9% a.a. no último trimestre. O número é 
pequeno para padrões históricos, mas mostra tendência de recuperação e 
surpreendeu os analistas de mercado.
Apesar das do tom positivo , a semana 
também tev algumas preocupações. As negociações em relação ao problema 
da dívida a norte-americana não avançaram e a agência de rating Fitch 
ameaçou cortar o rating do país se nada for feito para combater o alto déficit orçamentário atual. Além disso, o Beige Book* indicou que a economia dos EUA continua em ritmo lento.
Panorama Brasil
No Brasil, o Ibovespa manteve a tendência externa. O índice andou de lado, mas fechou a semana com alta de 0,75%.
O destaque para informações do Banco 
Central. O IBC-Br* de novembro indicou alta de 0,4%, acima das 
expectativas do mercado, o que pode sugerir um início de recuperação do 
crescimento.
Além disso, houve a reunião do Copom. Como previsto pela CJE-FGV, a taxa SELIC se manteve inalterada em 7,25%, o Bacen sinalizou a precupaçnao com a inflação.
No mais, deve-se dar importância as 
recentes ações do governo federal. Houve especulações sobre o aumento da
 gasolina, insistência na redução da tarifa de energia e pedidos para 
que Rio de Janeiro e São Paulo não aumentassem as tarifas de ônibus em 
janeiro. Essa última medida tem como objetivo impedir uma inflação 
sazonal de início de ano.
Falando em inflação, o IGP-10 recuou de 
0,63% para 0,42% graças à queda dos preços agrícolas. Enquanto isso, o 
IPC-S acelerou de 0,77% para 0,89% entre a primeira e a segunda 
quadrissemana deste mês.
Quanto ao câmbio, o dólar apresentou 
leve valorização, fechando a semana em R$2,0434 na venda. O motivo da 
alta foi, também, o clima de cautela.
Expectativas da Semana
Na próxima semana, o mercado deve manter
 o ritmo de incertezas. Com dois feriados (21/01 – Dia de Martin Luther 
King; 25/01 – aniversário de São Paulo), só haverá movimentações bruscas
 no Ibovespa se houver um acordo sobre o teto da dívida pública 
norte-americana.
A tendência da semana será ditada, 
então, pelo resultado de diferentes indicadores. Destaque para a 
divulgação do PMI* preliminar da Zona do Euro e dos leading indicators* dos EUA.
Enquanto isso, o dólar deve se 
movimentar pouco em relação ao real e as expectativas de inflação devem 
continuar subindo vagarosamente.
*Dicionário Economês-Português
Teto da dívida norte-americana –
 Nos Estados Unidos, há um limite para o tamanho da dívida pública. Esse
 limite, ou teto, é definido pelo Congresso. Atualmente, os EUA se 
aproximam de superar tal barreira. Se isso ocorrer, haverá diversos 
cortes de gastos. Uma das soluções é aumentar o teto da dívida, mas é 
necessário acordo partidário para tanto.
Beige Book – O “Livro Bege” é um relatório publicado oito vezes ao ano pelo FED* que indica o estado da economia do país. A informação apresentada é baseada em dados, pesquisas e entrevistas.
FED (Federal Reserve) – Banco Central norte-americano.
IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do
 Banco Central) – Índice calculado pelo Banco Central que tem como 
objetivo tentar prever o desempenho futuro da economia brasileira.
PMI – O Purchasing Managers Index,
 ou “Índice dos Gestores de Compras”, é um indicador econômico que 
procura prever a atividade econômica através de pesquisas junto ao setor
 privado.
Leading Indicators – Os 
“indicadores líderes” norte-americanos procuram prever a atividade 
econômica do país através de dados que estão correlacionados com o 
atividade econômica futura do país.
Fonte: Folhauol.com.br 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário