Assim como na telefonia, a portabilidade de crédito é forma de trocar
uma dívida por outra. O cliente que está devedor em uma instituição
financeira pode migrar a dívida para outra, caso ela ofereça condições
mais vantajosas para a quitação do débito.
Com a expansão e facilidade de crédito que ocorreram no pais nos últimos
anos, o brasileiro consegue contrair financiamentos de diferentes
tipos, que vão de viagens a tratamentos dentários.
O problema é que com a falta de educação financeira, muitas famílias
brasileiras exageram no consumo e perdem o controle do orçamento,
ficando muitas vezes devedoras nas modalidades mais perigosas, como
cartão de crédito e cheque especial, que são campeões de uso e os mais
caros do pais, com taxas que, em alguns casos, ultrapassam exorbitantes
200% ao ano.
Quanto maior a taxa e o valor da dívida, mais vantajosa se torna a
portabilidade, afinal fica mais fácil trocar a dívida por uma outra mais
barata, ou melhor, menos cara.
Aos que se encontram nesta situação, o primeiro passo é pesquisar por
instituições interessadas em realizar a transferência e que ofereçam
melhores condições financeiras.
Antes de migrar o crédito o cliente deve considerar todos os custos da
transação e o total de juros que será pago. Em alguns casos, taxas
menores podem ser desvantajosas dependendo do prazo e dos custos
embutidos.
De forma geral, a portabilidade de créditos promove a competição
bancária e pode, potencialmente, reduzir as margens de lucros dos bancos
para um patamar mais saudável para a sociedade. No entanto, a
existência da portabilidade não pode virar um motivo para as famílias
deixarem de controlar suas finanças.
Fonte: folhauol.com.br
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